A Polícia Civil pediu a internação – equivalente à prisão em flagrante – dos dois adolescentes acusados de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o engenheiro civil Geison Fabrício Garrieri Beato, de 25 anos, no sábado (14) na cidade de Colíder (a 650 quilômetros ao norte de Cuiabá).

Os garotos – um de 16 e 17 anos – sequestraram e mataram o engenheiro a tiros para roubar a picape S-10 da vítima. Ambos foram localizados horas depois na zona rural do município.

Segundo o delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, ele aguarda decisão da Justiça para internação dos dois adolescentes no Complexo do Pomeri, em Cuiabá.

De acordo com as investigações, o engenheiro foi abordado pelos adolescentes quando chegava em sua casa dirigindo a picape. Ele foi abordado e teria reagido, em seguida um dos menores quebrou uma garrafa a cabeça da vítima, que desmaiou.

Os adolescentes jogaram o engenheiro no banco traseiro da caminhonete e seguiram até uma região, na zona rural. No local, retiraram a vítima de dentro do veículo e a executaram com três tiros, sendo um na cabeça e um em cada olho.

O corpo do engenheiro foi encontrado no domingo (15) próximo ao revólver usado no crime.

Conforme o delegado, os adolescentes retornaram com a caminhonete para a cidade, até que um colega de trabalho da vítima reconheceu o veículo estacionado em uma casa e comunicou o desaparecimento do engenheiro à Polícia.

No mesmo dia, o adolescente de 17 anos se apresentou à Delegacia e informou que sabia do latrocínio, mas alegou não ter envolvimento. Mesmo negando, o menor acabou informando o local onde estava o corpo e a caminhonete.

O delegado adiantou que as imagens do circuito de segurança do posto, próximo onde o engenheiro foi abordado, ajudaram a identificar o segundo menor. “No domingo ele foi localizado pela Polícia Militar e confessou o crime”, assinalou.

O delegado explicou que após a apreensão do menor, o primeiro que havia se apresentado, também confessou a participação no roubo seguido de morte. “Eles contaram a brutalidade do crime. Representamos pela internação desses menores, que já tinham sido apreendidos antes e estavam soltos na cidade”, finalizou o delegado.