Adolescentes que queimaram andarilho vivo são transferidos para Cuiabá
Adolescentes que queimaram andarilho vivo são transferidos para Cuiabá
Os quatro adolescentes acusados de atear fogo em um andarilho na cidade de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte) estão deste à noite desta quarta-feira (26) internados provisoriamente no Complexo do Pomeri, em Cuiabá.
Por 45 dias, eles cumprirão atividades socioeducativas. A Vara da Infância e Juventude informou que haverá uma próxima audiência, marcada para o mês abril, na qual decidirá a pena definitiva dos adolescentes infratores.
Os quatro – três meninos e uma menina – foram transferidos na noite desta quarta-feira para Cuiabá, após a Polícia Civil conseguir as vagas para o internamento. Eles foram trazidos por policiais da Delegacia Municipal de Tangará.
Os quatro são suspeitos de terem ateado fogo no andarilho Firmino Escobar da Silva, 44, que morreu em consequência das queimaduras. O crime ocorreu na madrugada de sábado (22). No mesmo dia, eles foram detidos e levados para a Delegacia Municipal.
Segundo a delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, responsável pelas investigações, os adolescentes aproveitaram que o andarilho estava dormindo em frente a uma igreja na cidade para praticar agressões e, não satisfeitos, incendiaram a vítima, que teve 45% do corpo queimado.
Ela acrescentou que os menores viram o homem dormindo e, inicialmente, começaram a bater nele. Dos menores, três decidiram comprar álcool em um posto de combustível para atear fogo em Firmino.
“Uma das meninas comprou o produto e o trouxe em uma garrafa pet. Em seguida, ela atirou o álcool contra vítima, já ferida pelas agressões, um outro infrator ateou fogo, enquanto o terceiro adolescente assistia a tudo”, frisou.
Socorrido, a vítima chegou a ser levado a um hospital da cidade, mas morreu, horas depois.
A delegada explicou que, ao serem perguntados sobre a motivação, apenas afirmaram que “era porque deu vontade de matar”. Diante dos fatos, a delegada representou pela internação de todos.
Três menores, que atearam fogo responderão por homicídio. Um outro menor participou das agressões iniciais, por tentativa de homicídio.
Eles foram localizados por um conjunto de provas, além do auxílio de imagens e duas testemunhas. “Desde o conhecimento do fato estávamos à procura dos adolescentes,” explicou Nubya.
Os menores têm passagens pela polícia por atos infracionais de tráfico de drogas, lesão corporal e latrocínio.
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