NOTÍCIA | Vendas de Sentença

Acusado de vender sentença, desembargador perde ação

Acusado de vender sentença, desembargador perde ação

Por: MidiaNews
Publicado em 20 de Julho de 2013 , 11h00 - Atualizado 20 de Julho de 2013 as 11h00


As quatro preliminares que foram apresentadas pela defesa do desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Evandro Stábile, no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) nº 01/2012, foram rejeitadas pelo Pleno, na sessão plenária de quinta-feira (18).

 

Com isso, o PAD, que investiga a suposta participação do desembargador em um suposto esquema de venda de sentença, passa para uma nova fase, que será a produção de provas.

 

O desembargador foi acusado do crime quando era presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), durante a Operação Asafe, realizada pela Polícia Federal, em 2010.

 

As preliminares foram alegadas em uma questão de ordem proposta no processo e levadas para apreciação do Pleno pelo relator do PAD, desembargador Luiz Ferreira da Silva.

 

Na primeira preliminar, a defesa defendeu a tese de nulidade do processo, sob o argumento de que as provas que alicerçam a investigação foram produzidas de forma ilícita e por um juiz que não teria competência para isso.

 

A segunda preliminar, que também foi indeferida, arguia que o PAD estaria viciado, por não ter sido respeitado o quórum para a sua instauração. Além disso, desembargadores considerados suspeitos teriam participado da votação.

 

A preliminar de número três sustentava a perda do objeto do procedimento administrativo disciplinar, com a alegação de que, na época dos fatos, o desembargador Evandro Stábile atuava no TRE, e não no Tribunal de Justiça. Sendo assim, a Corte Estadual não poderia investigá-lo.

 

Já a quarta e última preliminar requereu um pedido de suspeição do Procedimento no Tribunal de Justiça, com a justificativa de que existem processos tramitando no Superior Tribunal de Justiça e no Conselho Nacional de Justiça sobre o mesmo assunto.

 

Esse ponto foi o mais discutido entre os desembargadores. Contudo, apesar de existir uma sindicância no CNJ, os desembargadores concluíram que a investigação no TJ está mais avançada, em decorrência de o PAD já ter sido instaurado.

 

Entenda o caso

 

A investigação da Polícia Federal teve início no Estado de Goiás, em 2010, quando eram apurados crimes ligados ao tráfico de entorpecentes.

 

Durante o trabalho, porém, foi descoberta a existência de indícios de crimes envolvendo juízes e desembargadores mato-grossenses, em um suposto esquema de venda de sentenças.

 

Durante a operação, nove pessoas foram presas e foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão.

 

Além de Stábile, o desembargador aposentado José Luiz de Carvalho também responde a processo, em decorrência do resultado da operação.

 

Durante a ação da PF, a residência de Stábile também foi alvo de busca e apreensão.

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JUARA MATO GROSSO



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