Acusado de matar enteado e sogra é agredido na prisão
Acusado de matar enteado e sogra é agredido na prisão
O técnico em rede de internet Carlos Henrique Costa de Carvalho, 25, denunciou à direção da Penitenciária Central do Estado (PCE) que foi espancado por presos da unidade.
Carlos Henrique confessou, no último dia 21, que matou a sua ex-sogra, a professora Adimárcia Mônica da Silva Alves, 44, e o ex-enteado Ryan Alves Camargo, de apenas quatro anos.
Segundo a defesa do técnico, as agressões ocorreram após a audiência de pronúncia de instrução na 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
Após o término da audiência, Carlos Henrique voltou para a unidade prisional e teria sido espancado por presos que se revoltaram com a confissão do crime. Ele teria sido alvo de socos, tapas e pontapés.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que já está ciente da situação e que tomou todas as medidas cabíveis.
A pasta encaminhou Carlos Henrique para realização de exame de corpo e delito, registrou um boletim de ocorrência e abriu um processo administrativo para apurar o caso.
Diante da situação, a defesa do acusado protocolou pedido de providências, no plantão judiciário.
Os pedidos foram aceitos pelo juiz plantonista que determinou que a Sejudh tome providências para separar Carlos Henrique dos demais presos.
A defesa também comunicou as supostas agressões para a 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica, onde ele responde pelas mortes.
Tragédia no Dom Aquino
Carlos Henrique Costa de Carvalho, 25, confessou à Justiça ter sido o autor dos assassinatos de Ryan e da professora Admárcia, no dia 11 de novembro do ano passado.
Ele relatou que, no dia 10 de novembro do ano passado, ficou sabendo que a ex-namorada Thassya Alves, filha de Admárcia, tinha saído para ir a um show. Movido por ciúmes, ele procurou a jovem por vários locais na cidade e não a encontrou.
Inconformado, ele foi até a casa da família, no bairro Dom Aquino, na capital, e pulou uma janela que estava quebrada. Já dentro da residência, Carlos acordou Admárcia, perguntando onde Thassya estava.
Os dois teriam discutido e Carlos começou a agredir a professora. Ele esfaqueou Admárcia, que não suportou os ferimentos e morreu. Ele disse não se lembrar quantos golpes atingiram a vítima.
Depois de esfaquear a ex-sogra, Carlos pegou Ryan, colocou o garoto dentro seu carro e foi até a um posto de combustível, na região do Porto, comprar álcool.
O acusado voltou até a casa, jogou o álcool sobre Admárcia e ateou fogo. Ele saiu da casa levando Ryan, em direção à Ponte Velha, no bairro Porto.
Carlos Henrique disse que o garotinho perguntou para ele por que ele tinha feito aquilo com a avó. O fato de a criança ter sido testemunha do crime teria motivado Carlos a jogá-la no Rio Cuiabá.
Denúncia do MPE
O MPE denunciou Carlos Henrique por duplo homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa por parte das vítimas.
O técnico foi autuado em flagrante.
Segundo o MPE, o denunciado praticou os crimes "motivado por ódio". Ele não se conformaria com o rompimento da relação e jogaria a culpa disso ter acontecido na sogra Adimá
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