O Tribunal do Júri vai julgar, no dia 6 de dezembro, Alessando Silva da Paz, acusado de ser o intermediador do assassinato do jornalista Auro Ida, executado aos 53 anos por Evair Peres Madeira Arantes (vulgo “Baby”), de 21 anos, em julho de 2011, na Capital.

O jornalista, que foi um dos fundadores do MidiaNews, foi assassinado com seis tiros de pistola que atingiram a nuca e o tórax, no bairro Jardim Fortaleza, quando deixava a namorada, Bianca Nayara Corrêa de Souza, em casa.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), o crime foi intermediado por Alessandro, que atualmente se encontra preso na Penitenciária Central do Estado (antigo Presídio Pascoal Ramos).

O crime teria ocorrido por encomenda do ex-marido de Bianca, Rubens Alves de Lima, 30, que está foragido, e de Rafael Aparecido Queiroz de Amorim Veiga, hoje com 19 anos, uma vez que Ida manteria relacionamento com a namorada do rapaz, a estudante Pâmela Cristina Bastos, 19.

Ele foi condenado a três anos de internação pelo crime e foi julgado separado dos demais porque, na época, tinha 17 anos.

“Baby”, por sua vez, foi condenado em agosto de 2012 a 15 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por homicídio qualificado. Ele está preso na PCE, desde o dia 25 de julho de 2011.

O julgamento de Alessandro está previsto para ter início às 8h. O Tribunal do Júri deverá ser presidido pela juíza Mônica Catarina Perri.

Outros julgamentos

Ao todo, segundo informações do Tribunal de Justiça, 14 pessoas que cometeram crimes contra a vida serão julgadas pelo Tribunal de Júri em dezembro.

Na relação constam réus presos e soltos e, dentre eles, está Rone Gomes da Silva, preso na Penitenciária de Florianópolis (SC).

Ele é acusado por tentativa de assassinato do então presidente do bairro Jardim Mossoró, Alinor de Paula Pereira, durante uma emboscada em setembro de 2007. O crime teria ocorrido por vingança.

Segundo consta no processo, dias antes da tentativa de assassinato, Alinor havia denunciado às autoridades policiais ações criminosas de um grupo do qual Rone fazia parte e alguns integrantes foram presos.

Essa foi a razão pela qual Alinor teria sofrido o atentado, tendo o carro alvejado por tiros. Ele só não morreu porque instintivamente se deitou no chão. O julgamento de Rone será no dia 3, a partir das 13h30.

Outros que vão a júri são Jefferson da Costa Siqueira e Luciano de Oliveira Santana.

Eles são acusados de pertencer a uma gangue no bairro Tijucal e de terem assassinado três membros de uma gangue rival, além de terem tentado matar outros dois.

Os crimes ocorreram em 2010. O julgamento deles será dia 4, a partir das 8h.

O comerciante Walter Madi, acusado de matar José Fernando Fátima Alves em 1995, no bairro Parque Cuiabá, por conta de uma desavença comercial, também sentará no banco dos réus no próximo mês.