Riva diz que recuo do PR e PMDB favorece Brito e prejudica Mendes em Cuiabá
Riva diz que recuo do PR e PMDB favorece Brito e prejudica Mendes em Cuiabá
O deputado José Riva, presidente da Assembléia Legislativa e secretário-geral do PSD, afirmou que as retiradas das pré-candidaturas de Dorileo Leal (PMDB) e Francisco Vuolo (PR) à prefeitura de Cuiabá favorecem o projeto de Carlos Brito, pré-candidato de seu partido.
Mais: ele disse que a estratégia de Mauro Mendes (PSB), que busca composição com o PMDB e o PR – e estaria por trás do recuo das siglas em levar adiante candidaturas próprias - enfraquece o processo eleitoral e a própria democracia.
“Essa costura do Mauro Mendes é normal no processo eleitoral, mas enfraquece a democracia, pois tira a opção dos eleitores e a possibilidade de analisar outros nomes. Ao eleitorado, quanto mais opções, melhor. E os projetos do Dorileo e do Vuolo eram viáveis, tinham consistência e simpatia de parte do eleitorado”, afirmou.
Para Riva, a articulação de Mendes tende a produzir, também, um efeito negativo para a sua própria candidatura.
“O eleitor estranha esse tipo de coisa... A partir do momento em que se deflagra um processo para aniquilar candidaturas e tentar ganhar no W.O., o eleitor fica arisco e tende a rejeitar o candidato. Às vezes, até o próprio eleitor que queria votar em Mauro Mendes acaba refluindo e votando em outros”, afirmou.
Segundo Riva, a candidatura de Brito pode ser beneficiada, inclusive, pelos eleitores que se simpatizavam por Dorileo e Vuolo.
“O Brito se fortalece como nova opção. Ele tem história política, começou nos movimentos comunitários, foi vereador, deputado, secretário de Estado e conhece a realidade de Cuiabá. Com certeza, ele tende a aglutinar os votos dos que simpatizavam por Dorileo e Vuolo e se colocar efetivamente como alternativa a Mendes”, afirmou.
Fator 2014
O parlamentar acredita que outro fato prejudique o empesário Mauro Mendes: o seu interesse em ser candidato a governador, em 2014.
“Falem o que quiser, mas os cuiabanos não aceitam mais essa história de usarem a Prefeitura como trampolim para o Palácio Paiaguás. Os cidadãos têm que rejeitar isso mesmo, porque é algo prejudicial para a Capital, é algo que não tem dado certo. E o Mauro Mendes já entra carimbado, pois todos sabem que o seu projeto principal é ser candidato ao Governo em 2014. Os eleitores irão pensar muito nisso antes de votar em Mendes”, afirmou.
Segundo Riva, a “briga” para indicar o vice de Mauro Mendes também evidencia o interesse em 2014.
“Isso está claro: todo mundo quer ser vice dele porque sabe do seu interesse em largar a Prefeitura em pouco tempo e ser candidato a governador. Eu acho isso muito ruim”, disse.
Favoritismo
O secretário-geral do PSD também minimizou o favoritismo que Mendes vem demonstrando possuir, segundo as pesquisas eleitorais.
“A vantagem existe, obviamente, mas a eleição não está ganha, como pensam muitos. À medida em que começarem os debates, em que as propostas forem colocadas no horário eleitoral, a sociedade passará a refletir. Essa intenção de voto que existe em relação ao Mauro Mendes é residual, ou seja, se explica pelo fato dele ter sido candidato a prefeito de Cuiabá, em 2008, e a governador, em 2010. E muitos eleitores têm citado o seu nome porque acham que é o único, porque não conhecem outras opções”, ponderou.
Para Riva, com o desenrolar do processo eleitoral, a preferência ao nome de Mendes diminuirá.
“Com certeza, tende a cair, paulatinamente. Num primeiro momento, talvez não, em função da aglutinação de partidos. Mas depois, o eleitor vai refluindo... Isso aconteceu em outras candidaturas, em que se tentaram cooptar adversários e ganhar no W.O., como na composição de Júlio Campos e Maksuês Leite, em 2010, e na de Júlio Campos e Carlos Bezerra, em 1998. São situações diferentes, em outro contexto, mas o eleitor não vê essa cooptação com bons olhos”, afirmou.
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