PTB deve fechar com PSDB e sonha com Galindo em 2014
PTB deve fechar com PSDB e sonha com Galindo em 2014
O presidente do Diretório Municipal do PTB em Cuiabá, Dilemário Alencar, afirmou que a legenda não vai mesmo ter candidatura própria nas eleições para Prefeitura, neste ano, considerando que a primeira-dama Norma Galindo, que havia sido convidada para substituir o marido, o prefeito Chico Galindo, na disputa, não se pronunciou e, muito provavelmente, não aceitará o desafio.
Diante desse quadro, a cúpula passou a trabalhar com alianças para a disputa de outubro deste ano e de 2014. O nome do prefeito, inclusive, já está sendo colocado, até mesmo, como opção para disputar a sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).
“Nesta terça-feira [29], a executiva vai se reunir com o deputado Guilherme Maluf, vamos priorizar a chapa proporcional (de vereadores) e consolidar uma aliança majoritária em torno do candidato do PSDB. Temos claro, em nossas mentes, que o Galindo é um grande cabo eleitoral, por todas as ações que faz, enquanto prefeito”, afirmou Dilemário, e, entrevista ao MidiaNews.
Com o recuo de Galindo ao projeto de reeleição, na semana passada, o PTB se viu sem um nome de peso para encarar o pleito, já que os únicos candidatos colocados para disputa são o presidente da Câmara Municipal, Júlio Pinheiro, e o suplente de senador Osvaldo Sobrinho. O PTB tem um minuto de exposição no Horário Eleitoral Gratuito e uma chapa pura com 50 pré-candidatos a vereador.
Segundo Dilemário, as eleições proporcionais serão muito importantes para a agremiação, mas, dos 50 pré-candidatos, apenas 37 serão lançados. O PTB tem, atualmente, cinco representantes na Câmara de Cuiabá: Júlio Pinheiro, Clovito Hugueney, Marcos Fabrício, Professor Néviton e Totó César.
Motivos
Desde o começo de 2011, Chico Galindo vinha afirmando que não seria candidato à reeleição, mas, no início deste ano, ele aceitou pensar melhor sobre o assunto e causou um alvoroço dentro da agremiação.
Os membros da legenda se empolgaram tanto que o impacto do anúncio teve uma repercussão tão negativa, que houve vereadores declarando ao site não ter condições de permanecer na disputa. “Sem a ajuda do Galindo, vai ficar muito difícil”, disse um deles, que pediu para não ser identificado.
Segundo Dilemário Alencar, o prefeito faz parte de uma corrente ideológica que prega o mandato eletivo de cinco anos e veta a reeleição. “É um motivo pessoal. Se ele aceitasse o pedido do partido, seria uma contradição”, defendeu o presidente.
Sem mandato, Galindo vai continuar na presidência da executiva regional do PTB e deve voltar a atuar na iniciativa privada. Ele já foi diretor da Universidade de Cuiabá (Unic) e do Hospital Geral Universitário (HGU).
Planos
Já que o plano de reeleger Galindo para Prefeitura de Cuiabá naufragou, a legenda, agora, já está mirando o pleito de 2014. Dilemário afirmou que Galindo será candidato a deputado estadual ou, até mesmo, para governador.
“Galindo é um talismã no PTB. Ele vai sair fortalecido dessa gestão à frente da Prefeitura da Capital e, daqui algum tempo, os resultados de suas ações vão começar a aparecer”, afirmou o presidente do PTB.
Galindo ainda enfrenta muita rejeição nas pesquisas de intenção de voto, por conta de ações tidas como impopulares, como, por exemplo, a concessão da Sanecap à CAB Ambiental e o aumento do IPTU, com a inserção de inadimplentes no SPC e no Serasa.
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