NOTÍCIA | Ponte liberada

Índios liberam Ponte do Rio Juruena na MT-170 após uma semana de pedágio e cerca de R$ 150 mil arrecadados

Veículos só passavam após pagar R$ 100 e motos R$ 50

Por: Marcelo Guedes - Metrô FM
Publicado em 16 de Dezembro de 2013 , 04h15 - Atualizado 16 de Dezembro de 2013 as 04h15


Qualquer veículo tinha que pagar R$ 100 para cruzar a ponte. De motocicletas o valor era menor, R$ 50,00. A única exceção eram as ambulâncias, viaturas e veículos oficiais.

 

Os indígenas da etnia Enawenê Nawê liberaram por volta das 09h30 dessa segunda-feira, 16 de dezembro, a ponte do Rio Juruena, na MT-170, distante cerca de 60 km de Juína.

 

A ponte havia sido bloqueada no dia 08 e desde então pedágio era cobrado dos veículos que quisessem trafegar de um lado para o outro da MT-170. Nesse período de 08 dias, foram arrecadados aproximadamente R$ 150 mil, conforme declarações do membro da etnia Aimerô Salomã em entrevista à imprensa, porém, o valor pode ser bem maior.

 

O valor será usado para compra de medicamentos e combustível para abastecer os barcos para retornarem para a aldeia. Qualquer veículo tinha que pegar R$ 100 para cruzar a ponte. De motocicletas o valor era menor, R$ 50,00. A única exceção eram as ambulâncias, viaturas e veículos oficiais.

 

O bloqueio da ponte do Rio Juruena se deu mais uma vez em protesto dos indígenas contra as péssimas condições da saúde na aldeia, já que, segundo eles, a Secretaria Especializada de Saúde Indígena (Sesai) não estava enviando medicamentos e o único PSF necessitava de mobiliário para funcionar.

 

Ainda de acordo com o indígena Salomã, a Sesai ainda não atendeu a reivindicação, mesmo assim decidiram liberar a ponte, entretanto, se não manifestarem voltarão a bloquear a única via de acesso da região noroeste com Cuiabá e o restante do estado.

 

O coordenador de comunicação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília, Felipe Nabuto, informou ao G1 que medicamentos considerados mais emergenciais foram entregues no município, de Brasnorte, a 580 km da capital, ainda na segunda-feira (9).

 

O coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Carlos Ferreira de Aquino, informou que os índios foram notificados quanto à entrega desses remédios e de alguns equipamentos, como colchões e macas, que estariam na sede da Sesai, em Cuiabá. “Fizemos uma relação dos medicamentos e dos materiais e passamos para eles, mas ele disseram que não vão sair enquanto todo esse material não chegar”, frisou.

 

Antônio disse ainda que os índios pediram um tempo para deliberar sobre a continuação do bloqueio. “O problema é que a Sesai não possui veículo grande para transportar esses equipamentos de Cuiabá para cá, mas nós disponibilizamos um caminhão para fazer o transporte. Agora, estamos aguardando uma resposta das partes”, explicou.

 

Em nota, a Sesai informou que, o posto de saúde de Juína mantém estoque regular de medicamentos da atenção básica. “A partir do próximo ano, a lista de produtos ofertados nos postos que atendem população indígena será ampliada, de 500 para 800 medicamentos, segundo portaria assinada na semana passada durante a 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena”, diz trecho da nota.

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