Conforme haviam prometido para policiais federais, os índios da etnia Enawenê Nawê, de Juína, entregaram na tarde desse sábado, 12 de dezembro, os corpos dos jovens Marciano Cardoso Mendes, 27 anos e Genizes Moreira dos Santos, de 24 anos, que, supostamente, foram mortos por eles em terras indígenas.

A operação da Polícia Federal foi coordenada pelo delegado Hércules Ferreira Sodré e contou com a participação de investigadores da Polícia Civil, policiais militares e homens da Força Tática de Juína. O delegado da Polícia Federal informou que já existe indícios da participação direta de pelo menos dois membros da comunidade indígena.

A perícia técnica vai definir detalhadamente como os rapazes foram mortos, mas, de acordo com informações, um teria sido executado a tiro na frente de um servidor da Funai de Juína e a PF acredita que o outro tenha sido executado a pauladas.

Durante entrevista à imprensa de Juína, o delegado Sodré informou que será investigada a denúncia de que havia um comércio de armas entre os jovens mortos e os índios, e ainda a participação de um policial militar.

As famílias dos jovens não aceitam a possibilidade da participação dos jovens; o delgado destacou que serão investigados, esse possível negócio e ainda a procedência e compra de várias caminhonetes, que estão de posse dos indígenas.

O delegado informou ainda, que a investigação das mortes será coordenada por ele, porém, uma equipe da Polícia Federal de Brasília, deverá investigar outras denúncias.

Os corpos dos jovens foram levados para perícia no IML na Politec – Polícia Técnica de Juína. 

O episódio causou grande comoção na população de Juína, que bloqueou a MT 170 e da BR 174, como protesto e forma de cobrar às autoridades.