NOTÍCIA | Demora

Família de rapazes mortos por índios em Juína critica demora na prisão dos culpados

Índios confessaram e entregaram corpos, mas PF ainda não os prendeu.

Por: G1-MT
Publicado em 29 de Dezembro de 2015 , 08h40 - Atualizado 29 de Dezembro de 2015 as 08h40


A família do comerciante Genes Moreira dos Santos Júnior, morto aos 24 anos por índios da etnia Enawenê-nawê no início do mês após passar por um pedágio na BR-174, está cobrando celeridade da Polícia Federal (PF) no cumprimento da prisão dos três índios identificados como responsáveis pelo assassinato dele e de seu amigo Marciano Cardoso Mendes, de 25 anos.

 

Segundo Irene Henrique dos Santos, irmã de Genes, a população da cidade está revoltada com a morosidade e com o “descaso” da PF, que até agora também não providenciou a devolução dos pertences e do dinheiro que as vítimas levavam. Procurada, a PF não se manifestou a respeito porque a Justiça decretou sigilo sobre o caso.

 

No último dia 9 os amigos Genes e Marciano foram sequestrados por índios que mantinham um bloqueio na rodovia BR-174 com cobrança de pedágio. Seus corpos foram entregues somente três dias depois e a PF identificou três índios responsáveis pelas execuções. Além disso, a corporação anunciou que pediria imediatamente mandados judiciais de prisão dos índios, mas depois disso não informou se a Justiça Federal deferiu o pedido ou se a medida chegou a ser cumprida alegando ter sido decretado sigilo sobre as investigações e todos os detalhes do caso.

 

Segundo Irene Henrique dos Santos, irmã de Genes, a família tem buscado apoio e respostas da PF a respeito do caso, mas sem sucesso. Além disso, ela classificou como um “descaso” o tratamento dispensado às famílias das vítimas, pois nenhum membro chegou a ser procurado ou ouvido nas investigações.

 

 Ela também criticou a morosidade da PF em providenciar a devolução dos itens que estavam com Genes e Marciano no dia em que foram mortos. No dia dos assassinatos, Genes levava R$ 15 mil em espécie para comprar enxovais na Bolívia e revendê-los em Juína, a 737 km de Cuiabá, além de cerca de R$ 7 mil em cheques. A caminhonete que ele dirigia, avaliada em aproximadamente R$ 25 mil, até agora não foi devolvida também, reclamou a irmã.

 

“Chegaram a dizer que queimaram a caminhonete, mas é lógico que está com os índios. Eles estão usufruindo dela. É revoltante”, criticou, lembrando que seu irmão fazia o trajeto pela BR-174 duas vezes por semana e que os índios Enawenê-nawê, que ainda mantêm o pedágio mesmo após os assassinatos, sabiam do volume de dinheiro que Genes sempre portava nas viagens para a Bolívia.

 

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PF em Mato Grosso explicou que, por força do decreto de sigilo judicial sobre as investigações, está impedida de divulgar qualquer informação a respeito e que, por isso, não poderia comentar por enquanto as críticas feitas pela família de Genes Moreira dos Santos TJúnior.

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