Após 07 dias em que os índios da etnia Enawenê Nawê obstruíram a passagem pela ponte sobre o Rio Juruena, na MT 170, distante 60 km de Juína -MT, bloqueando a estrada ou cobrando pedágio, sem que nenhuma atitude fosse tomada pelas autoridades competentes, a paciência da população da região chegou ao fim e um enfrentamento entre índios e não índios pode acontecer.

Durante toda esta quarta-feira (08), entidades organizadas que representam os segmentos do comércio, madeira, pecuária e trabalhadores, realizaram inúmeras reuniões, buscando meios para que, chegue ao fim à interdição da estrada, pois, em virtude dos inúmeros prejuízos causados pela ação dos índios, os ânimos dos moradores da região, principalmente quem usa a estrada com frequência, estão exaltados, criando a todo instante a possibilidade de um confronto.

Líderes dos segmentos informaram que, para que não se chegue ao pior, que seria um confronto direto entre brancos e índios, onde a todo instante caminhoneiros impacientes ameaçam jogar seus veículos contra os Enawenê Nawê, outra ação poderá ser tomada, unindo populares, comerciantes e pecuaristas.

Barreiras serão montadas por moradores de Juína e Brasnorte, poucos quilômetros antes da ponte, deixando os índios que lá estão isolados por terra, para que assim não possam realizar a arrecadação no pedágio, além de não permitir acessos a cidade, onde diariamente são vistas inúmeras caminhonetas, com as caçambas cheias de indígenas, que fazem suas compras de comida e combustível no comércio local.

Os empresários também estudam a possibilidade do fechamento do comércio, para dar apoio ao bloqueio que poderá ser realizado pelos moradores a qualquer momento.

O bloqueio por parte dos moradores da região, já aconteceria nesta quinta-feira (09) pela manhã, mas informações dão conta que pelo menos dois pedidos, já foram protocolados na Justiça Federal, com sede em Juína, um já estando em análise, a expectativa é que nesta quinta-feira (09), a Justiça Federal dê um parecer, voltado a desobstrução da ponte, normalizando o acesso, garantindo o direito de ir e vir da população.

Caso isso não ocorra, a qualquer momento, os moradores, liderados pelas entidades que representam os segmentos locais, vão para estrada, acontecendo assim um enfrentamento com a atitude dos índios.