NOTÍCIA | Competitividade

A fragilidade da competitividade da indústria é debatida em Juína

Ação faz parte do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), uma iniciativa da CNI em parceria com o Sebrae

Por: Assessoria FIEMT
Publicado em 12 de Setembro de 2015 , 07h13 - Atualizado 12 de Setembro de 2015 as 07h13


Para debater os problemas existentes na indústria brasileira e a ameaça chinesa, empresários industriais de Juína participaram do ‘Dia do Empresário da Indústria’. A ação foi realizada pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e pelo Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno). O evento ocorreu nesta quinta-feira (10/09) e contou a presença do doutor em Política Econômica e consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Reinaldo Rubem, com a palestra ‘Crise global, fragilidades competitivas da indústria brasileira e a ameaça chinesa’.

 

De acordo com o consultor, a crise internacional está direcionando a China para um reposicionamento. “E isso tem uma série de implicações do ponto de vista de acirramento e concorrência externa. Então, nesta palestra, refletimos quais fatores precisam ser repensados porque o Brasil tem dificuldades na competitividade, principalmente a indústria. A nossa ideia dentro do PDA é mostrar ao empresário da indústria que ele deve se unir em torno de uma agenda de competitividade, esta que vem sendo discutida pela CNI com as Federações, e que apresenta uma saída estruturante para uma série de problemas que estamos enfrentando”, disse o consultor.

 

A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), uma iniciativa da CNI em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O encontro contou ainda com a palestra ‘As Prioridades das Indústrias de Mato Grosso e Indicadores Regionais’, ministrada pelo superintendente da Fiemt, João José de Amorim. No decorrer do dia, industriais elaboraram a ‘Carta da Indústria da Região’ ao participarem de painéis temáticos que debateram os gargalos existentes no setor, e elencaram possíveis soluções.

 

Para o consultor tributário da Fiemt, José Lombardi, a reforma tributária é a principal reivindicação dos empresários por ser um sistema complexo e oneroso. “Mato Grosso é o que tem a legislação mais complexa entre todos os estados brasileiros. No caso específico de Juína, que é uma área industrial voltada para a madeira, as dificuldades são maiores ainda. A situação da indústria aqui é extremamente difícil em relação ao cumprimento de obrigações tributárias, quer em relação ao pagamento – obrigação principal, ou em relação ao cumprimento das obrigações acessórias”.

 

Segundo o industrial e presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, Geraldo Bento, a burocracia tributária é um dos fatores que mais aflige o setor empresarial. “Os empresários estão em um momento muito crítico porque temos uma elevadíssima carga tributária, temos gargalo de gestão de governo, que está aumentando os custos dentro da empresa, e têm vários outros fatores que vêm contribuindo negativamente para o segmento. Então, aqui foi o momento de expor toda essa situação, discutir entre a base florestal e os empresários”, avaliou.

 

O industrial Alcides Szulczewski Filho ressaltou que a alta carga tributária em Mato Grosso prejudica as empresas da região, que têm concorrência direta de estados vizinhos. “Para nós foi muito importante e até gratificante que a Federação das Indústrias tenha vindo até Juína para ver a dificuldade que o setor madeireiro se encontra, a desigualdade entre tributos, principalmente entre Mato Grosso e Rondônia, que é muito alta. Uma empresa média, que produz 10 a 12 cargas de madeira por mês, tem uma diferença de quase 30 mil reais, e isso é um fato. Tira a nossa competitividade com os outros estados, e nós temos que tirar essa diferença”, reforçou.

 

Para a construção da carta, os industriais também apontaram soluções para os problemas relacionados aos resíduos ambientais, inovação e produtividade. Essa ação compôs o ‘Diálogo para Integração Industrial’, promovido pelo Conselho Temático de Desenvolvimento Industrial e Regional (Codir) da Fiemt.

 

“Essa carta com as reivindicações de toda a indústria do noroeste de Mato Grosso será encaminhada aos governos federal e estadual. É um momento ímpar no município de Juína, e a participação dos empresários superou a expectativa”, avaliou o presidente do Simno, Roberto Rios.

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