NOTÍCIA | PROPINA

Riva entrega que prefeita Luciane Bezerra usou empresa de prima Fátima Pinotti para receber propina na Assembleia Leggislativa

Fama Serviços recebeu R$ 30 mil da Santos Treinamento, que teria "lavado" propina no Detran de Mato Grosso

Por: DIEGO FREDERICI - Folha Max
Publicado em 12 de Março de 2018 , 11h08 - Atualizado 12 de Março de 2018 as 11h16


Reprodução Folha Max

A prefeita afastada de Juara (664 km de Cuiabá), Luciane Bezerra (PSB), indicou ao ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), José Riva, uma empresa para receber propinas de um esquema que causou prejuízo de R$ 9,5 milhões aos cofres da AL-MT. O esquema, investigado na operação “Ventríloquo”, ocorreu no ano de 2014 quando Bezerra também era deputada estadual.

A informação consta no depoimento de José Riva a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz-MT), obtida no âmbito da operação “Bereré”, que apura um esquema de lavagem de dinheiro e desvios de recursos no Detran de Mato Grosso. “Coincidentemente”, a mesma empresa indicada por Luciane Bezerra a Riva – a Fama Serviços Administrativos LTDA, cuja proprietária é Fátima Azoia Pinotti, prima da prefeita afastada -, também é investigada na “Bereré”.

“No que tange a empresa Fama Serviços Administrativos LTDA, cuja sócia é Maria de Fátima Azóia Pinotti, o depoente sabe que é prima da Luciane Bezerra, que foi deputada estadual até 2015, tendo o depoente ciência que na Operação Ventríloquo tal empresa foi utilizada por Luciane Bezerra para receber as propinas de Joaquim Mielli, sendo que nesse caso foi a própria Luciane Bezerra quem pediu para o depoente depositar as propinas do caso da operação Ventríloquo nessa empresa Fama, de propriedade da prima de Luciane Bezerra”, diz trecho do depoimento.

A operação Ventríloquo investiga um esquema envolvendo uma dívida que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) possuia com o antigo Banco Bamerindus nos anos 1990. De acordo com investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em torno de R$ 9,5 milhões foram desviados dos cofres públicos entre os anos de 2013 e 2014. Deflagrada em julho de 2015, a operação chegou a prender o ex-presidente da AL-MT, José Geraldo Riva.

Por meio da Fama Serviços, Luciane Bezerra teria recebido um cheque de R$ 52 mil de propinas oriundas do esquema da “Ventríloquo”. Já a operação Bereré aponta que a empresa teria recebido R$ 30 mil em cheques de Claudemir Pereira dos Santos, sócio da Santos Treinamento, uma das empresas que estariam por trás das fraudes no Detran. A organização, por sua vez, transferiu R$ 13.500,00 para a campanha da ex-deputada estadual em 2010 e R$ 23.500,00 para seu marido, Oscar Bezerra (PSB), também parlamentar na AL-MT, em 2014.

Luciane Bezerra e José Riva são adversários políticos e disputam votos na mesma base eleitoral, na região Noroeste de Mato Grosso. Ambos deixaram o cargo em janeiro de 2015, mas foram "substituídos" por marido (Oscar Bezerra) e filha (Janaína Riva), respectivamente.

Luciane Bezerra foi afastada da prefeitura de Juara por 180 dias após decisão do juiz Alexandre Sócrates Mendes, da 2ª Vara da Comarca de Juara, no dia 19 de fevereiro de 2018. Ela é suspeita de fraudar uma licitação para a reforma de uma escola.

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