Por abandono de advogados, Júri de acusados de envolvimento na morte de ex-prefeito de Colniza é adiado
Os advogados de defesa de uma das partes, foram multados em 100 salários mínimos cada.
O clima ficou tenso no tribunal do júri popular, que levou a julgamento em Juara nessa terça-feira, dia 23 de novembro, os réus Antônio Pereira Rodrigues Neto, acusado de ser o autor do assassinato do então prefeito de Colniza, Esvandir Antônio Mendes e Yana Foiz Coelho Alvarenga, médica e esposa do acusado da execução do prefeito e acusada de ser a mandante do crime.
O crime aconteceu na cidade de Colniza no dia 15 de dezembro de 2017, quando o prefeito voltava da zona rural do município e foi surpreendido em uma emboscada, junto com um de seus secretários. O prefeito não resistiu e acabou falecendo no local.
Os réus Welison Brito Silva e Zenilton Xavier de Almeida foram julgados e condenados em Colniza, respectivamente, a 28 e 25 anos de prisão. Empresário e médica, apontados como mandantes, foram trazidos à júri popular no fórum da comarca de Juara, por solicitação da defesa de um dos acusados.
O júri foi presidido pelo juiz de direito da terceira vara da comarca de Juara, Dr. Fábio Alves Cardoso, teve na acusação quatro promotores, o promotor de justiça criminal de Juara, Dr. Márcio Schimiti Chueire, acompanhado dos colegas Aldo Kawamura Almeida, Fabison Miranda Cardoso e Antônio Ferreira Zaque.
A defesa da médica Yana Foiz Coelho Alvarenga, ficou a cargo dos renomados juristas de Sinop, Robson Dupim, Silvia Giraldelli e Marcela Reolon, que tiveram ao seu lado, o advogado de Minas Gerais, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Zanone Júnior, que atuou na defesa de Luiz Henrique Romão (Macarrão), acusado junto com o goleiro Bruno, do desaparecimento de Eliza Samudio e foi um dos defensores de Adélio Bispo, acusado de tentar matar em 2018 com uma facada, o então candidato a presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, na cidade de Juiz de Fora Minas Gerais.
Já a defesa do empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, esteve a cargo dos conhecidos advogados Ércio Quaresma, de Minas Gerais e Gilberto Carlos Moraes, de Goiânia, Goiás.
A realização do júri contou com sete jurados, todos de Juara e se desenrolava normalmente, até que os advogados de Antônio Rodrigues Neto solicitaram que as armas do crime fossem trazidas para que os jurados pudessem vê-las, no entanto, elas não foram trazidas para Juara e não estavam à disposição como determina a lei.
Houve muita discussão entre defesa e acusação, inclusive com a participação do juiz, uma vez que os advogados Ércio Quaresma e Gilberto Carlos, resolveram abandonar o júri, alegando que as peças eram fundamentais e que o fato delas não estarem em Juara, causaria prejuízos ao seu cliente e a sua tese de defesa.
Chegou a ser cogitado o desmembramento do júri, dando continuidade ao julgamento apenas da médica Yana Foiz, mas a defesa dela não aceitou, por entender que o depoimento do empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto seria fundamental para a possível absolvição de sua cliente.
Após muita discussão, clima tenso e adrenalina alta, o juiz presidente do júri resolveu adiar o julgamento para o dia 24 de janeiro de 2022 e multou os advogados de Antônio Pereira em 100 salários mínimos cada.
Dentro de mais alguns instantes, teremos o vídeo com as entrevistas dos advogados. Não tivemos acesso ao juiz para ouvir a sua versão e o promotor de justiça de Juara preferiu não falar.
O Dr. Ércio Quaresma falou com exclusividade ao Show de Notícias e disse que vai recorrer até a última instancia, se preciso for, para cancelar a multa que lhes foi imposta pelo magistrado.
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