O juiz da Segunda Vara Criminal da Comarca de Juara, Cássio Leite de Barros Netto, decidiu pela condenação dos dois menores de idade, que participaram do duplo latrocínio contra Claudemilson Ferreira, 41 anos (Popular Dinho), e Alessandra da Silva Scheffer, 24 anos.

O crime aconteceu em Juara, no dia 13 de outubro, quando os jovens W, de 13 anos e K, de 17, juntos com a maior Aline Macedo, de 19 anos, amarraram o casal que estava na residência de Dino, os levaram para uma estrada vicinal na comunidade do Araputanga, interior do município, onde foram executados a tiros, sem chance de defesa.

Após serem mortos, os corpos foram deixados à margem da estrada e os menores fugiram levando a caminhonete S10, de propriedade do empresário, que acabaram capotando nas proximidades da cidade de Sinop, para onde pretendiam ir.

O menor W foi preso no mesmo dia na casa de um parente em Sinop, Aline se entregou em Tangará da Serra e está presa na cidade de Nortelândia e o menor K, foi preso dias depois na cidade de Lucas do Rio Verde.

O jovem de 13 anos foi colocado em liberdade, mesmo depois de estar internado no Centro Socioeducativo do Pomeri, em Cuiabá, porém, por uma decisão do próprio juiz Cássio Leite de Barros Neto, foi colocado em liberdade alguns dias depois, por que o magistrado entendeu que ele tem condições de voltar ao convívio da família e que foi induzido pelos outros, que são mais velhos que ele a participar do crime, mas agora terá de ser novamente segregado.

A dificuldade agora é encontrar vaga para o adolescente em um Centro socioeducativo do estado, para sua internação. Já o menor K, de 17 anos, que já está no Pomeri, deverá ficar internado pelo menos, por 06 meses.

De acordo com a promotora de justiça, Drª Roberta Cheregatti Sanches, o juiz proferiu a sentença dentro do prazo estipulado que é de 45 dias.

Conforme a normativa do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que não estipula uma pena específica em casos como que envolve menores de 18 anos, diferente do que ocorre com adultos com idade superior a esta, os adolescentes podem ficar entre seis meses e três anos internados, independente da gravidade do crime praticado por eles.

A cada semestre uma equipe multidisciplinar fará uma avaliação com os adolescentes para verificar se estão aptos a retornarem ao convívio social ou não.