NOTÍCIA | OPINIÃO

Inundar áreas produtivas de Juara para produzir uma quantidade ínfima de energia elétrica é ridículo, dispara Olivetto contra UHE Castanheira

A reunião aconteceu na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT),

Por: assessoria do vereador Olivetto, Rede Juruena Vivo
Publicado em 29 de Maio de 2023 , 19h46 - Atualizado 30 de Maio de 2023 as 08h30


Assessoria do vereador Luciano Olivetto

 

 

Olivetto relata que além da baixa produção de energia, os impostos gerados pela usina a Juara são menores do que os ganhos econômicos proporcionados pelos agricultores e pecuaristas da Pedreira Palmital.

 

 

 

 

O vereador Luciano Olivetto participou da apresentação de um estudo técnico apresentado nesta quinta-feira (25) à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), que contou com a presença de indígenas, movimentos sociais, organizações não-governamentais, Ministério Público Federal e Estadual, agricultores, pecuaristas, servidores públicos e sociedade civil organizada.

Foto: Larissa Silva/Rede Juruena Vivo

O laudo técnico, assinado pelas pesquisadoras Simone Athayde e Renata Utsunomiya, traz como conclusão que a construção da UHE Castanheira é inviável do ponto de vista ambiental, social, hidrológico e cultural. Elas ainda citam que a viabilidade econômica do projeto é questionável e que será o início da morte do rio Arinos com a implantação da usina, uma vez que a conectividade da bacia hidrográfica estará diretamente comprometida. Como resultados disso, no futuro, estão a redução no fluxo migratório de espécies de peixes e os impactos sobre todo o ecossistema.

Foto: Larissa Silva / Rede Juruena Vivo

“O Arinos é um dos últimos rios de fluxo livre da Bacia do Juruena. Ele é um rio especial porque abriga uma série de ecossistemas únicos, pequenas quedas d’água, cascatas e ambientes propícios para a reprodução de peixes. Sem falar nas espécies endêmicas, ou seja, que só são encontradas naquela região. Se todas as hidrelétricas planejadas para a Bacia do Juruena forem concretizadas, incluindo Castanheira, a morte do Arinos está próxima”, alertou Simone Athayde.

 

A Viabilidade da Usina é frágil e questionável

Foto: Larissa Silva / Rede Juruena Vivo

Segundo a pesquisadora Renata Utsunomiya, o cenário para 2026 na projeção da construção da Usina Castanheira, com a expansão e o ritmo da agricultura mecanizada na região, os indicadores de fósforo, que revelam o uso de fertilizantes, já teriam extrapolado os limites estabelecidos pela legislação brasileira. Porém, em 2014, quando o EIA-Rima do empreendimento foi feito, estes indicadores já estavam acima do previsto em 2026.

Representante do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), Jefferson Nascimento, questionou a viabilidade da obra diante de tantos impactos. “Só as 52 famílias da Comunidade Pedreira e Palmital geram R$6 milhões em produção por ano para Juara, enquanto a compensação da usina seria de R$ 3 milhões por ano.

Como um projeto desses é viável economicamente? Qual a viabilidade técnica de uma usina que deve afetar diretamente cinco povos indígenas, além de agricultores familiares e sociedades urbanas? Temos que voltar atrás com esse projeto e que haja uma discussão mais ampla”, defendeu Jefferson.

O vereador Luciano ressalta que existe ação civil pública em andamento questionando os estudos apresentados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pois não há viabilidade à usina diante dos inúmeros impactos negativos e destruição da Pedreira Palmital,  territórios indígenas, além de prejuízos incalculáveis ao Rio Arinos. 

O mundo precisa se alimentar e a Pedreira Palmital faz parte dessa necessidade, alagar áreas produtivas e desrespeitar os povos indígenas, agricultores, produtores e a comunidade local é ridículo, concluiu o vereador.

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