Cedida pela família

O ex-comandante da Polícia Militar e da Escola Militar de Juara, tenente-coronel Félix Júnior, sua esposa, a odontóloga Karine Carlos de Oliveira, suas filhas Maria Izabella, de 11 anos, e Gabriella, de 7, além de sua sogra, a empresária Rovilda de Souza, esposa do empresário Fileno de Souza da São Miguel Auto Peças, estavam de férias nos Estados Unidos desde o dia 24 de setembro e passaram por momentos de apreensão devido à passagem de furacões.

Em conversa com o Show de Notícias via WhatsApp, Karine relatou os dias tensos que a família enfrentou na América. Ela contou que, para quem nunca havia vivido uma experiência como essa, o medo foi grande. Contudo, as filhas do casal demonstraram tranquilidade e chegaram a se divertir, mesmo em meio ao caos.

"A gente só via caixas de lixo voando para todos os lados, era assustador, mas as meninas lidaram super bem, até brincavam", disse Karine.

O momento mais estressante, segundo a odontóloga, aconteceu após a tempestade. Na terça-feira, a família aproveitou a tarde em um parque, mas logo depois tudo foi fechado devido ao furacão.

A reserva da casa onde estavam hospedados terminava na quarta-feira, e, com todos os hotéis lotados ou cancelando reservas, a possibilidade de ficarem sem lugar para passar a noite era real.

"Eu não conseguia renovar a estadia com o proprietário da casa porque ele já tinha outras pessoas chegando. Foi muito tenso", relatou Karine.

Por volta das 20h30 da noite, o proprietário entrou em contato informando que seria possível renovar a estadia. "Foi um alívio imenso! Nós íamos ter que sair pela manhã, mas, graças a Deus, tudo se resolveu. Consegui cancelar o hotel que tínhamos reservado e eles reembolsaram tudo sem cobrar taxa", explicou a mãe.

O desfecho positivo trouxe tranquilidade à família após momentos de incerteza. "Foi uma grande lição de fé e paciência. Deus é maravilhoso", finalizou Karine.

A família tinha planos de viajar para outras cidades e estados da região, mas preferiu permanecer em Orlando devido ao risco de deslocamento. "Chegamos aqui em Orlando no dia 24, às 17h. Ficamos por aqui mesmo. Acabamos não saindo porque, na primeira semana, passou o furacão Helene, e agora passou o Milton", contou Karine.

Ela explicou que o furacão Helene passou sem grandes impactos: "Teve um pouco mais de chuva, vento um pouco mais forte, mas nada comparado com o furacão Milton. Tanto que, na primeira semana, não fomos aos parques por causa da chuva".

Após o susto, a família conseguiu aproveitar as férias, mas o voo de retorno ao Brasil, que estava marcado para ontem, foi cancelado e remarcado para hoje, às 15h36. "Nós íamos para Miami, mas cancelamos por causa do furacão. Achamos melhor não correr o risco", explicou Karine.

Karine destacou ainda as orientações da Defesa Civil Americana, que recomendou que abastecessem as despensas, enchessem reservatórios de água e economizassem recursos, evitando desperdícios.