A senhora Sandra Silva Souza, gestante de 23 semanas, com gravidez de risco, segundo o marido Jeferson Pinheiro Lima, foi trazida da Paranorte para Juara na quinta-feira, 19 de maio, para ser atendida no Hospital Municipal de Juara e após 24 horas ainda não havia recebido atendimento da médica ginecologista.

De acordo com o empresário Reginaldo Justino, com quem Jeferson trabalha, a médica só apareceu na sexta-feira, dia 20, após ele ter se dirigido até a Delegacia da Polícia Civil, para fazer uma reclamação.

Reginaldo disse ao Show de Notícias, que, após ter ido até a delegacia e uma gente ter ligado para o Hospital Municipal, a médica apareceu para atender a gestante, no entanto, pediu a presença do marido, porém, no sábado, Jeferson ainda não teria conseguido ver a esposa.

A reportagem do Show de Notícias conversou por telefone com a diretora do HM, que disse estar tudo bem, pois o quadro da gestante não era de risco e que não foi permitido ao marido permanecer no quarto com a esposa, por que havia outra gestante entrando em trabalho de parto e seria constrangedor a presença de um estranho no local, mas que tudo estava resolvido e que havia muita coisa mal entendida.

No entanto, na manhã de sábado, o marido de Sandra estava revoltado por que não era atendido e não tinha informação sobre o quadro de sua esposa, que, segundo dissera, precisava ser removida para uma UTI, devido ao risco que a gestante e o filho corriam.

A reportagem do Show de Notícias e da Rádio Tucunaré foram chamadas e registraram a revolta do marido e das pessoas ligadas a ele, como seus patrões, devido à falta de informação da direção do hospital.

O repórter Fernando José, da Rádio Tucunaré, questionou o descumprimento da Lei Municipal 2.526, de autoria da vereadora Marta do Banco do Brasil, que obriga repassar informações para a família em Boletim Médico, sobre o quadro de saúde da pessoa internada, o que Ana rebateu dizendo que que “esse pessoal faz as leis, mas eles não veem que o hospital não tem as condições de cumprir os que eles pedem”.

Segundo Reginaldo Justino, na manhã de sábado (21), a médica teria marcado com a família para recebe-los às 8 horas, porém, somente as 13 horas apareceu.

Jeferson ficou aborrecido com a demora exagerada no atendimento e descaso com que foram atendidos e a falta de informação, que é um direito da família.

Em um determinado momento, houve alteração por parte da diretora do Hospital Municipal, uma enfermeira, com a família, por que a esposa do patrão do marido da gravida, senhora Miriele, questionou o descumprimento da lei municipal que obriga repassar informações aos familiares de pacientes internado no Hospital Municipal.

Ao perceber que a conversa estava sendo gravada pelo repórter Fernando José, a diretora do HM, ordenou que o repórter apagasse a gravação, mas ouviu como reposta, que o hospital é público, o caso é de interesse da população e a imprensa tem liberdade e que foi chamada pela parte interessada.

Em entrevista para a Rádio Tucunaré, a secretaria Lairce Pestana disse que a família da gestante estava sendo informada, que se trata de uma gestação de alto risco e está sendo regulada uma vaga para ser removida para Cuiabá e ainda, que a gestante continuava internada.

Lairce disse para a Rádio Tucnaré, que o patrão do marido da gestante não tinha procuração da família dizendo que ele é responsável pelo paciente.

Ao ouvir as declarações de Lairce ao repórter, o patrão Reginaldo que ficou dois dias esperando notícias, nesse momento iniciou uma discussão alterada com ela, devido suas declarações.