Desde o dia de 15 de julho de 2015, início do período proibitivo das queimadas em todo o Mato Grosso, os órgãos fiscalizadores têm registrado grandes focos de queimadas em várias regiões do Estado.

Mesmo sabendo de que a multa para quem pratica queimadas em tempo proibido é pesada e varia entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil, em áreas de pastagem e agricultura, por hectare, principalmente para aqueles que atearem fogo para limpeza e manejo nas áreas, é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, muitas pessoas insistem em praticar o delito.

Segundo Jonathan Mantovani, Diretor da Unidade Regionalizada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) de Juara, dezenas de denúncias sobre supostas queimadas irregulares e criminosas, foram registradas via telefone nos órgãos ambientais, e diante disso, baseado no sistema de monitoramento feito pelas imagens via satélite, uma equipe de SEMA saiu nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, realizando vistorias nas áreas indicadas com maior foco de calor, para averiguar a veracidade dos fatos.

De acordo com os dados registrados no sistema, o ranking dos 20 municípios com mais focos de calor, permanece praticamente o mesmo nos últimos cinco anos.

Entre os que despertam preocupação estão: Nova Maringá, Feliz Natal, Querência, Nova Ubiratã, Sapezal, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Brasnorte, Santa Carmem, Nova Mutum, São Félix do Araguaia, Sorriso, Tapurah, São José do Rio Claro, Marcelândia, Porto dos Gaúchos, Tangará da Serra, Ribeirão Cascalheira, Vera e Tabaporã.

O bioma mais atingido é a Amazônia, onde se concentram 3.499 focos de calor, seguido pelo Cerrado, com 2.072 focos e 93 no Pantanal.

O Diretor da unidade regionalizada da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) de Juara, Jonathan Mantovani, disse que assim que chegar da fiscalização, que deverá durar em torno de uma semana, percorrendo os municípios de Juara, Tabaporã, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos e Ipiranga do Norte, irá fazer um balanço geral de todas as ações.