NOTÍCIA | Oculatação

Veja o que Ministério Público e defesa de Lula disseram sobre triplex em SP

MP-SP apura se petista ocultou imóvel; defesa diz que ele declarou cotas.

Por: G1 Brasília
Publicado em 02 de Fevereiro de 2016 , 07h00 - Atualizado 02 de Fevereiro de 2016 as 07h00


Com o avanço das investigações sobre o edifício Solaris, em Guarujá, no litoral de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se alvo do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter ocultado a propriedade de um apartamento triplex no condomínio. Desde que o caso foi divulgado pela imprensa, a defesa de Lula nega que ele tenha sido dono do imóvel.

O edifício

 

O Edifício Solaris, em Guarujá, foi lançado pela Bancoop, a cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que construía casas e apartamentos a preço de custo.

Com problemas financeiros, a cooperativa se tornou insolvente e não conseguiu levar adiante vários empreendimentos, inclusive o Solaris.

O prédio, então, foi assumido pela construtora OAS, que teria reformado um triplex para Lula.

A investigação

 

O Ministério Público de São Paulo investiga a Bancoop desde 2007 e diz que 6 mil cooperados foram prejudicados. Para os promotores, o dinheiro que deveria ter sido aplicado na construção dos imóveis foi desviado para financiar campanhas eleitorais do PT.

O MP-SP também quer saber se o ex-presidente ocultou patrimônio ao não declarar a propriedade do triplex. Essa seria uma forma de encobrir o crime de lavagem de dinheiro, de acordo com os procuradores que investigam o caso.

A investigação do MP de São Paulo se dá simultaneamente à dos procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, que também suspeitam de ocultação de patrimônio por parte de Lula. No último dia 27, a Polícia Federal deflagrou a operação intitulada Triplo X com o objetivo de apurar se os imóveis do edifício Solaris foram usados para lavagem de dinheiro.

A versão de Lula

 

Em nota, divulgada neste domingo, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que o petista nunca foi dono do apartamento, mas somente proprietário de cotas de um projeto da Bancoop, cooperativa do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

O mesmo argumento foi utilizado pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins. Segundo ele, o ex-presidente era dono de uma cota do empreendimento e que teria a opção de não aderir ao negócio e pedir o resgate do valor investido.

Cotas

 

Segundo o promotor José Carlos Blat, do MP-SP, na Bancoop não existem cotas. Ele afirma que todos que compraram da cooperativa, compraram "coisas concretas, apartamentos" por preços acima do mercado.

O Instituto Lula, por sua vez, admite que a Bancoop reservou previamente para todos os compradores uma unidade no futuro edifício mas que, quando o empreendimento foi incorporado pela OAS, a família de Lula não aderiu ao novo contrato e a reserva da unidade deixou de valer.

Segundo o instituto, a ex-primeira-dama Marisa Letícia pagou uma entrada de R$ 20 mil, as prestações mensais e intermediárias do carnê da Bancoop, até setembro de 2009, quando a cooperativa repassou o negócio para a OAS.

A família do ex-presidente Lula teria investido R$ 179.650,80 na compra da cota, declarada à Receita e ao Tribunal Superior Eleitoral, segundo a assessoria do petista.

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