NOTÍCIA | Farmácia de Alto Custo

Silval diz que "é uma pena" deixar remédios vencerem

Silval diz que "é uma pena" deixar remédios vencerem

Por: Midia News // DA REDAÇÃO //LAÍSE LUCATELLI
Publicado em 28 de Maio de 2013 , 04h02 - Atualizado 28 de Maio de 2013 as 04h02


Ele disse que já há uma sindicância em andamento para apurar os culpados pelo problema, e descartou responsabilizar o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima (PP), pela situação caótica.

 

“Determinei uma apuração para responsabilizar de quem é a culpa por essa falta de planejamento. O Mauri entrou agora na secretaria há cinco meses, e fez a primeira aquisição de medicamentos de sua gestão na semana passada”, afirmou.

 

“Foi uma aquisição de pouco mais de R$ 1 milhão, para comprar medicamentos mais emergenciais, e está em andamento outro processo para atender às outras demandas de medicamentos do Estado”, informou Silval.

 

O governador não se estendeu sobre o assunto, mas a informação é que os problemas na gestão da Farmácia de Alto Custo já eram de seu conhecimento antes da denúncia veiculada pela TVCA. Na semana passada, o MidiaNews publicou reportagem que mostra que o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor Alexandre Guedes, instaurou este ano 14 inquéritos civis para apurar a falta de medicamentos para 14 doenças diferentes, entre elas Mal de Parkinson, Mal de Alzheimer, e problemas renais.

 

Além disso, em portaria publicada no dia 29 de abril deste ano, o secretário Mauri exonerou o Coordenador de Assistência Farmacêutica, Edson Henrique Bérgamo, que era o responsável pela Farmácia de Alto Custo desde maio de 2011.

 

Bérgamo ocupava o cargo por indicação do deputado estadual Antônio Azambuja (PP), e as informações são de que sua exoneração pode ter sido o estopim para as críticas que o parlamentar começou a disparar contra a pasta e a gestão de Mauri.

 

Na esfera administrativa, a Farmácia de Alto Custo é gerida por uma Organização Social (OS), o Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas).

 

Em 2011, a Secretaria de Saúde também teve problemas com o prazo de validade dos medicamentos, na gestão de Pedro Henry (PP) e Vander Fernandes (PP). Na época, a pasta comprou 55 toneladas de remédios já vencidos, o que foi um dos motivos para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reprovasse as contas da secretaria.

 

Outro lado

A Secretaria de Saúde informou, por meio de assessoria de imprensa, que a investigação já está nas mãos da Auditoria Geral do Estado, que vai apurar o tamanho do prejuízo aos cofres públicos causado pela perda de medicamentos e identificar os responsáveis. Paralelamente, a secretaria seguirá com um processo administrativo interno para punir os responsáveis.

 

A assessoria informou, ainda, que o cargo de Bérgamo está vago desde sua exoneração, no final de abril. Enquanto isso, a Farmácia de Alto Custo é coordenada diretamente pelo gabinete do secretário de Saúde.

 

Briga pela pasta

Silval Barbosa garantiu a permanência do secretário no cargo em meio à crise com o PP, e voltou a afirmar que ele continua no comando da pasta. Na semana passada, ele se reuniu com Azambuja e seu colega de bancada, Ezequiel Fonseca (PP), e negociou um “cessar-fogo” com os dois deputados.

 

Na ocasião, o governador se comprometeu a avaliar o relatório elaborado pela Casa Civil sobre a situação da pasta, para definir o que fazer. A expectativa de Azambuja é que o governador desse uma nova posição esta semana .

 

“O Mauri está lá na secretaria e vai ficar na secretaria. Ainda não tenho nada para falar sobre saída dele. Não avaliei o relatório ainda e não tenho prazo para responder aos deputados sobre isso. E já avisei a eles que não tem prazo”, disse Silval.

 

O governador afirmou que vai conversar com a bancada do PP e buscar um entendimento, de modo que ele possa manter o secretário no cargo e, por outro lado, manter também o partido em sua base aliada.

 

“Eu não sei se o PP vai para a oposição. Nós vamos conversar sobre isso. Eu só não posso confundir apoio com deixar fazer o que quiser na secretaria. Não posso permitir isso”, concluiu.

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JUARA MATO GROSSO



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