Silval admite que obras do VLT podem seguir em 2015
Silval admite que obras do VLT podem seguir em 2015
O governador Silval Barbosa (PMDB) admitiu, na quarta-feira (5), que as obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) podem não ser concluídas até o final deste ano.
A declaração foi dada durante evento de criação do comitê para recepção dos turistas durante a Copa do Mundo, na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Cuiabá.
Na ocasião, ele afirmou que, inclusive, o modal pode não funcionar durante o torneio no "trecho prioritário", que vai do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, até a região do Porto, na Capital.
“O VLT vai funcionar, gente. Talvez não funcione até a Copa. Mas, eu tenho até o final do ano para construir essa obra. E se não ficar 100% pronta, conclui-se depois. Mas, essa é a maior obra da América Latina do gênero”, afirmou Silval.
O governador salientou que a obra será executada conforme o planejado, nos dois eixos (Coxipó-Centro e Aeroporto-CPA).
Ele afirmou, ainda, que o prazo dado ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande (responsável pela obra) para a finalização dos trabalhos é até o final deste ano.
“Vamos trabalhar nessa obra nos 23 km. O que der para testar, inaugurar até a Copa, tudo bem. O que não der, inaugura-se até o final do ano”, disse.
A obra
Licitado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – uma vez que tinha conclusão esperada até a Copa do Mundo –, o VLT substituiu o Bus Rapid Transit (BRT) na Matriz de Responsabilidade e deveria ser finalizado, inicialmente, até 13 de março deste ano.
Diante da impossibilidade de conclusão do projeto de R$ 1,477 bilhão – cujas obras sofreram paralisações por força de ações dos ministérios públicos Estadual e Federal – o Estado aditou o prazo de conclusão da obra para o final deste ano.
Responsáveis pela execução do projeto do VLT, as empresas integrantes do consórcio (Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda) devem implantar o modal em 22,2 km de extensão na Grande Cuiabá.
A Linha 1, que é prioritária, ligará o aeroporto à região do CPA, e terá cerca de 15 km.
A Linha 2 ligará a região do Coxipó ao centro da Capital, com mais 7 km de trilhos.
A obra ainda resultou em aumento de custo no valor de R$ 100 milhões em função das desapropriações.
De acordo com o projeto, o VLT deverá passar pelas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande: Fernando Corrêa da Costa, Coronel Escolástico, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), XV de Novembro, FEB e João Ponce de Arruda.
Além da via permanente e dos 40 carros (dos quais 13 já chegaram à Cuiabá), o consórcio ainda deverá construir o Centro de Manutenção e Operação do modal, em Várzea Grande, quatro terminais de integração (André Maggi, CPA, Coxipó e Porto) e 33 estações.
No trajeto também estão previstas obras de artes especiais (trincheiras, viadutos e pontes), além da reestruturação da cobertura do córrego da Prainha.