Sessenta caravanas com jovens vão representar Cuiabá
Sessenta caravanas com jovens vão representar Cuiabá
Mais de 60 caravanas de jovens devem sair de Cuiabá rumo ao Rio de Janeiro, levando jovens católicos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada entre 23 e 28 de julho de 2013.
Representantes das 27 paróquias ligadas a Arquidiocese de Cuiabá terá fiéis no evento. Alguns vão de avião e outros de ônibus. Cada paróquia e grupo de jovens se organizaram de forma independente para participar do evento, que contará com a presença do papa Francisco.
A Jornada Mundial da Juventude tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II, em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.
Participar desse evento é um sonho que há muito tempo é acalentado por Fernanda Ortiz, 21 anos. Católica fervorosa, daquelas que desde crianças se vestia de anjo em procissão, ela é ativa em grupo de jovens e sempre pensou em ir um dia em uma JMJ.
“Quando vi o anúncio em Madrid, que a próxima jornada seria no Brasil, eu tive certeza de que iria. Quero muito ver o papa”, conta a garota que também é secretária da Coordenação de Pastoral na Cúria Metropolitana. A estudante Caroline Alves Batista, 20 anos, também tinha o desejo de participar de uma Jornada Mundial da Juventude. Apesar de decidida a ir, tinha que contar com o apoio financeiro dos pais para ir ao evento.
Universitária e morando na casa dos avós em Cuiabá, o dinheiro enviado para mantê-la era curto para pagar os R$ 2 mil da caravana, que vai sair da cidade de Juscimeira (150 km de Cuiabá) para o Rio de Janeiro.
Disposta, a jovem procurou emprego em shopping center para arcar com os custos da viagem. Em fevereiro, ela foi contratada por uma loja e deixou bem claro aos patrões que a intenção era ir à Jornada Mundial. “Eu pensei em arrumar um trabalho temporário e acabei contratada. Tenho certeza que Deus vai falar comigo nesse evento, tudo deu certo para que eu pudesse ir”.
Os patrões a liberaram do trabalho nos dias em que estará no Rio de Janeiro. Para quem esperava a demissão, ela está feliz em apenas descontar os dias trabalhados. “Não sei dizer o que, mas sei que algo de bom vai acontecer para mim no evento”.