Dois manifestantes foram detidos por desacato, agressão e dano ao patrimônio público nesta segunda-feira (22) após o fim de uma sessão na Câmara de Mirassol (SP). Um deles só foi liberado após pagar fiança de R$1 mil.

O tumulto aconteceu porque os vereadores aumentaram de 10 para 15 o número de cadeiras no Legislativo. A polêmica começou na semana passada quando, depois de uma suposta manobra, os parlamentares colocaram em votação o projeto de aumento na Câmara. A contagem de votos foi confusa e o aumento no número foi aprovado.

Os vereadores contrários à propositura entraram com um requerimento pedindo anulação da votação, mas a emenda passou pela segunda vez.

De acordo com o vereador Daniel Sotto (PMDB), o projeto ocorreu de forma legal. “Esse projeto foi válido, foi votado, concretizado e cabe ao vereador prejudicado entrar na Justiça para rever a posição da Câmara. Acredito que a Casa é soberana e que vai prevalecer a vontade da maioria dos vereadores”, disse.

Já a vereadora Doraci de Oliveira (PT) diz que vai recorrer ao Ministério Público. “Eu achei que o desfecho foi uma falta de consideração com a população. Desde o início a minha posição era ir direto ao Ministério Público, mas eu achei que havia um consenso na casa para a gente tomar uma atitude administrativa”, concluiu.