NOTÍCIA | Rodovias Estaduais

Pontos críticos em estradas deixa cidades sem comida, gás e remédios

Pontos críticos em estradas deixa cidades sem comida, gás e remédios

Por: Sonia Maria de Nova Bandeirantes
Publicado em 30 de Janeiro de 2012 , 09h38 - Atualizado 30 de Janeiro de 2012 as 09h38


O sol apareceu nas tardes de sexta e sbado na regio Norte de Mato Grosso. Um alvio, um refrigrio diante de tanto sofrimento para os usurios das rodovias estaduais. Mas a quantidade de barro acumulado e buracos causados pelas chuvas e mau conservao das estradas ainda faz vitimas: veculos espera de socorro de populares atolados em um dos oito pontos considerados crticos se transformaram numa situao que se repete h dezenas de anos. Falta de tudo nas cidades.

O sofrimento ao longo de 220 quilmetros de estrada to certo quanto dois mais dois so quatro. Mesmo com o sol, na noite da sexta-feira,  27, uma carreta carregada de carne para exportao atolou. A carga foi passada para outra carreta, gerando transtorno e prejuzo. Por causa da situao, mais de 30 caminhes quebraram e ficaram parados na estrada nos ltimos 15 dias, gerando milhares de prejuzo.

A ponte de um rio prximo ao entroncamento do Trevo de Apiacs que liga o municpio a MT 208, depois de 14 dias foi consertada e liberada no sbado. O coordenador da Defesa Civil em Mato Grosso, coronel Srgio Delamnica, e equipe visitaram a ponte na sexta, 27. O trfego para veculos pequenos foi restabelecido nas quatro MTs. Caminhes e carretas, no entanto,  no so aconselhveis tentar a viagem.

Em Apiacs, a exemplo de Nova Bandeirantes, faltou combustvel e gs de cozinha. Botijes foram baldeados no ombro de pessoas em atoleiros. Existem atoleiros na principal ligao do municpio com a MT 208. Dezenas de caminhes e carretas que levam alimentos e remdios ficaram mais de 10 dias nos barreiros da estrada prximo as localidades da Colibri e So Paulo.

Estamos a oito dias na estrada. S no passamos fome por que um senhor que acho que fazendeiro ou sitiante trazia almoo e janta de graa. Se no fosse isto, no sei o que seria, preciso ir para Apiacs, e como vou? - questionava um carreteiro atolado na MT 208 a menos de 60 quilmetros do destino final da viagem.  No mesmo atoleiro tinha 28 veculos de transporte com alimentos e remdios. Na lanchonete do trevo de Apiacs no municpio de Nova Monte Verde por trs dias faltou cigarro, cerveja e bolachas e outros itens de consumo. No local chegou a ter 50 veculos de transporte parados.

Doentes graves esto sendo retirados de avio pelas prefeituras da regio para Alta Floresta que possui hospital regional. Populares j comeam a largar a regio. Aumentou o numero de placas de venda em imveis. Farmcias no possuem em suas prateleiras diversos tipos de remdios. Os horrios de nibus no so cumpridos. Se for para retirar doente de ambulncia melhor deixar aqui, ele com certeza vai morrer na estrada, diz um mdico que trabalha no sistema publico de sade na regio afetada. Mais de 60 mil pessoas sofrem na regio.

O pior trecho da MT 208 esta nos 66 quilmetros que ligam a cidade de Nova Bandeirantes a Monte Verde. O trafego esta sendo feito pela estrada vicinal do Radiador e MT 417, porem os bueiros est em pssimas condies e podem provocar acidentes a qualquer momento. Aps as reportagens circularem mundo afora, o governo do estado aumentou o numero de Mquinas na regio. Duas PCs, duas patrol, uma p carregadeira e dois caminhes foram vistas nas estaduais tentando trabalhar. Prefeituras auxiliam na tentativa v de melhorar a situao. As maquinas s aumentaram porque vocs noticiaram, dizem motoristas e moradores enquanto citam  e agradecem nomes de dezenas de sites e jornais que noticiaram o sofrimento deles ao longo de 15 dias consecutivos.

As chuvas diminuram a intensidade neste final de semana, porem mesmo tendo manuteno a situao piora a cada dia na MT 208. A situao tambm esta se agravando na MT 417, trecho que liga Nova Bandeirantes a MT 208. As prefeituras da regio, mais uma vez fotografam e coleta pontos de GPS nas centenas de atoleiros e bueiros crticos, na esperana v de conseguir recursos estaduais e federais necessrios para solucionar o problema que dura mais de 40 anos. Secretrios Municipais, Vereadores, prefeitos  e funcionrios pblicos da regio no acreditam que recursos chegaro a tempo e suficientes para resolver o problema em definitivo.

Nas cinco estradas da regio,  caminhoneiros e populares que acham que a soluo para no acontecer isolamento ano que vem s levantar os pontos crticos de todos os anos: Todo ano na frente da fazenda mogno, na frente das polacas, prximo ao Trivelato, na sada de Monte Verde, na Peabiru e No Rio So Joo que acontece os atoleiros. aterrar a estrada nestes pontos e construir bueiros bons que acaba este calvrio anual. Dar manuteno na seca e no fingir que trabalham de Maio a Outubro -  disseram mais de 120 entrevistados ao longo dos atoleiros na MT 208.

Na outras estradas, a soluo na viso de populares a mesma, s diferencia os nomes dos pontos crticos e nome de estrada estadual.
 

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JUARA MATO GROSSO



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