Polícia quer ouvir novamente caseiro sobre morte com jet ski
Polícia quer ouvir novamente caseiro sobre morte com jet ski
A Polícia Civil quer ouvir novamente o caseiro que trabalha na casa da proprietária do jet ski que atropelou e matou a menina de 3 anos no sábado (18) de carnaval em Bertioga, no litoral de São Paulo. Em um primeiro depoimento, ele disse ter sido chamado pelo adolescente de 13 anos para levar o quadricíclo que conduziu o jet ski até a praia de volta para a residência.
Além do caseiro, outros seis turistas já foram ouvidos pela polícia. O adolescente suspeito de pilotar o jet ski afirmou na sexta-feira (24) em depoimento à polícia que deu partida na embarcação. A informação foi confirmada pelo advogado dele, Maurimar Bosco Chiasso. "Ele simplesmente confirmou toda aquela informação (...) de que ele inadvertidamente acionou o jet ski, se projetou e aconteceu esse fatídico acidente."
Testemunhas dizem ter visto quando dois adolescentes subiram no jet ski e aceleraram. Segundo elas, o veículo empinou, os garotos caíram na água e o equipamento seguiu até a areia, acertando a menina. O outro garoto também deve depor.
Para a polícia não há dúvidas de que o adolescente causou o acidente, porém, caberá à Justiça indicar se mais alguém teria responsabilidade.
O advogado da família da menina Grazielly Almeida Lames, José Beraldo, quer que os responsáveis legais e quem consentiu que o adolescente pegasse o jet ski também respondam criminalmente pela morte da garota.
A Capitania dos Portos de São Paulo deu início nesta segunda-feira (27) à perícia no jet ski para chegar o funcionamento básico da embarcação. Os advogados dos donos do jet ski e da família da menina acompanharam os trabalhos. A família de Grazielly contratou um perito para analisar a embarcação. O aparelho deve passar por uma nova análise no Instituto de Criminalística da capital paulista.