NOTÍCIA | PREJUÍZOS

Podutores criticam a má conservação das estradas

Podutores criticam a má conservação das estradas

Por: Midia News // DA REDAÇÃO
Publicado em 06 de Fevereiro de 2013 , 08h40 - Atualizado 06 de Fevereiro de 2013 as 08h40


A falta de infraestrutura e a má conservação de estradas e pontes em Mato Grosso estão inviabilizando o transporte de animais nas principais regiões produtoras de proteína vermelha, afirma a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

 

Os prejuízos atingem pecuaristas, frigoríficos e motoristas que acumulam atrasos nas entregas, perdas com qualidade de carcaça dos animais, danos aos veículos e descumprimento de prazos, diz a associação.

 

Produtores têm reclamado à Acrimat que não houve um reparo nas rodovias e nas pontes antes do período de chuvas e que, agora, há trechos intrafegáveis. As precipitações se intensificaram a partir de dezembro e desde então as estradas estão se deteriorando, o que impossibilita a passagem, principalmente de carretas.

 

O representante da Acrimat na região de Vila Rica (1.300 km à Nordeste da Capital), Eduardo Ribeiro da Silva relata que não há uma política de conservação e reparos nas estradas e com isso as chuvas acabam por atrapalharem o escoamento da produção, seja agrícola ou pecuária.

 

“O problema não é a chuva, mas a falta de infraestrutura. Todos os anos chove neste período e mesmo assim não há um cuidado de prevenção. O que por um lado é bom porque ajuda na formação do pasto, acaba trazendo perdas”, afirma o produtor de uma das principais regiões criadoras de bovinos, com rebanho de aproximadamente 1,1 milhão.   Os prejuízos não são restritos aos pecuaristas. O vice-presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Paulo Tadeu Bellincanta explica que a indústria é uma extensão da criação e os danos aos pecuaristas também são refletidos no beneficiamento da carne.

 

Bellincanta conta que as perdas vão desde o peso que reduz devido ao tempo de transporte, qualidade com relação a possíveis machucados e hematomas causados durante o trajeto do animal até mesmo com relação ao cumprimento de prazos de entrega para clientes e custos com horas extras.   Luiz Fernando Conte é pecuarista em Juara, na região do Arinos, e revela que para entregar um lote em Sinop, que fica a 300 km da cidade, estão gastando cerca de 20 horas, sendo que em boas condições este mesmo percurso não gastaria mais do que seis horas de viagem.

 

“A situação é das piores possíveis. Tem locais que os caminhões não conseguem passar e precisam ser rebocados por tratores. Ficam parados à espera de ajuda para passar pelos atoleiros”.

 

De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) a possibilidade de chuvas oscila entre 80% e 90% entre os próximos dias, tanto na região da Baixada Cuiabana como nas cidades de Vila Rica e Juara.

 

  Em Alta Floresta (800 km ao Norte do Estado) a situação não é diferente. O representante da Acrimat na região, Celso Bevilaqua, afirma que há muitos problemas por falta de condições das estradas. Ele conta que entre Alta Floresta e Colíder carros pequenos estão levando cinco horas para percorrer, sendo que normalmente são duas horas. “Nunca vimos uma situação como a deste ano. Os produtores estão se unindo para alugar máquinas para amenizar os problemas nas estadas. Não podemos mais esperar iniciativa do poder público, porém continuamos a pagar os impostos”.

 

  O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirma que ano após ano os pecuaristas reivindicam a manutenção das rodovias e das pontes para evitar que no período de chuvas haja a formação atoleiros, queda de pontes e quebra de caminhões, mas que os pedidos não são atendidos e os prejuízos ficam na conta de quem produz.

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