NOTÍCIA | OPERAÇÃO ARARATH

PF não descarta novos mandados de busca e apreensão

PF não descarta novos mandados de busca e apreensão

Por: Midia News // DA REDAÇÃO//ISA SOUSA
Publicado em 27 de Novembro de 2013 , 02h55 - Atualizado 27 de Novembro de 2013 as 02h55


O delegado Dênis Cali, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, da Polícia Federal, afirmou, nesta quarta-feira (27), que não estão descartados novos pedidos de mandados de busca e apreensão contra outros possíveis envolvidos em esquema de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro e comércio de sentença judicial.

 

O esquema foi desbaratado pela PF, neste mês, por meio da Operação Ararath, que foi dividida em duas fases. A primeira parte foi no dia 12 de novembro, com 11 mandados de busca e apreensão.

 

Na segunda-feira (25), teve início a segunda fase, com sete mandados de busca e apreensão e, hoje, houve sua continuidade, com outros dois mandados de busca e apreensão na casa e no escritório do bacharel em Direito, Tiago Dorileo.

 

Em relatório da Justiça Federal, assinado pelo juiz José Pires da Cunha, da 5ª Vara em Mato Grosso, datado de março de 2012, Tiago exerceria a função de lobista.

 

De acordo com o delegado Cali, que está coordenando a equipe direcionada à Operação Ararath, os documentos, celulares e HDs apreendidos na segunda fase darão o norte ao trabalho da instituição.

 

“A investigação ainda está em curso. E é a partir da análise desses documentos apreendidos que vamos evoluir na investigação policial e traçar o rumo da investigação. A Polícia Federal está trabalhando juntamente com o Ministério Público Federal e com o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília”, afirmou.

 

Apesar do nome de Tiago Dorileo estar sendo ventilado nas investigações da Polícia Federal, desde a instauração da segunda fase da operação, o delegado informou que houve pendências por parte da corporação em relação à informação do endereço do advogado.

 

“Na verdade, os mandados foram expedidos só agora, em razão de pendência de confirmação de endereço. E a intenção era, realmente, cumprir todos de forma simultânea, mas o mandado só chegou ontem [terça-feira, 26] a noite”, explicou.

 

Após a análise dos documentos e outras provas recolhidas, a expectativa da PF é de que a investigação seja encaminhada para ao Ministério Público Federal, que dará vistas e encaminhará ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso e também ao TRF 1.

 

A participação do TRF1, como informou Dênis Cali, se deve ao foro privilegiado do juiz federal Julier Sebastião Silva, que teve documentos apreendidos, tanto em seu gabinete na Justiça Federal como em sua residência, no começo da semana.

 

“Lobista de sentença”

O bacharel Tiago Dorileo, sobrinho do desembargador Ernani Vieira de Souza (falecido), é apontado pela Justiça Federal como um suposto “lobista de sentença”.

 

Ele já teve o nome envolvido em outro suposto esquema de venda de sentença, durante a realização da Operação Asafe, pela Polícia Federal, em 2010.

 

Dorileo foi acusado de atuar junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em venda de sentença.

 

Em decorrência da Asafe, o desembargador Evandro Stábile está afastado do Tribunal de Justiça e responde a processo no Superior Tribunal de Justiça.

 

Além dele, o desembargador aposentado José Luiz de Carvalho também responde a processo por suposto envolvimento no esquema.

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