Pai é condenado a 24 anos de prisão por matar o próprio filho
Pai é condenado a 24 anos de prisão por matar o próprio filho
O assassino do próprio de filho de apenas um ano de idade, Rosenildo Prado, 32, foi condenado pela Justiça a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado.
O crime ocorreu em janeiro de 2012, na cidade de Campo Novo do Parecis (397 km da Capital), depois de uma discussão entre o acusado e a mãe do bebê.
A criança foi morta após receber 12 golpes de canivete.
A sentença foi dada pela juíza Lidiane Almeida Anastácio Pampado, em júri realizado na sexta-feira (29), no Fórum de Campo Novo dos Parecis. Rosenildo está preso na Cadeia Pública do município.
Conforme o documento da sentença, o júri considerou que a criança foi morta por motivo torpe, sem chance de defesa.
“Em prosseguimento à votação, os jurados, questionados acerca do delito de homicídio, por maioria de votos, responderam de maneira positiva em relação a sua materialidade e autoria delitiva, negando o quesito de absolvição e reconhecendo as qualificadoras de motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, diz trecho da decisão.
Na sentença, a magistrada destacou a frieza do acusado após cometer o homicídio.
“Insta consignar, também, que após ter matado a vítima o réu a arremessou através da porta 'como um animal', momento em que ele disse: 'Vocês querem isso aqui? Isso aqui já era' (segundo depoimento da testemunha J.P. da S. e L.A.), fato que demonstra a frieza do acusado para o cometimento do delito, circunstância judicial que justifica a exasperação da pena-base acima do mínimo legal”, julgou a juíza.
O crime
O assassinato do bebê ocorreu após uma briga entre os pais da criança. A mulher foi agredida e, com medo, fugiu para a casa de um vizinho, acionado a Polícia em seguida.
Nesse momento, segundo a Polícia, o suspeito fez os dois filhos - a vítima de um ano e dois meses e outro, de 10 anos - como reféns.
De acordo com a Polícia, Rosenildo estava extremamente alterado e aparentava estar sob efeito de bebida alcoólica.
Após a chegada dos policiais, o acusado liberou o filho mais velho e passou a exigir a presença da mulher para entregar o bebê.
Após muita negociação, os policiais permitiram que a mãe das crianças fosse conversar com o pai.
Ela se aproximou da porta da casa, tentou conversar com o marido, mas, em seguida, saiu em desespero, afirmando que a criança estava morta.
O acusado resistiu à prisão e ainda mordeu a perna de um policial que participava da ação.
Na época, ele foi levado para a delegacia e, ao ser interrogado, afirmou não se lembrar do que havia feito.