A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a Operação Comboio, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico de entorpecentes - principalmente cocaína - adquiridos na Bolívia e distribuídos em vários Estados.

Aproximadamente 200 policiais federais participam da operação policial, que busca cumprir 52 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Terceira Vara da Comarca de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá).

Os mandados foram cumpridos nos Estados do Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão.

Segundo a PF, as investigações tiveram início há  um ano, quando foi instaurado Inquérito policial, a partir do relatório de inteligência da Operação Sentinela, quando foram reunidas informações de que um grupo de indivíduos, voltados ao tráfico interestadual de cocaína, estaria atuando a partir da cidade de Pontes e Lacerda e circunvizinhanças, enviando, de forma reiterada, carregamentos de cocaína para o Maranhão e o Pará.

Durante as investigações, foram feitos dez flagrantes, que já resultaram na apreensão de 574,60 kg de cocaína e diversos automóveis, bem como na prisão de 13 pessoas, sendo que a maioria delas conhecidas como “mulas do tráfico” - que fazem o transporte da droga.

Todos os presos na operação estão sendo levados para a Delegacia de Policia Federal em Cáceres (225 km a Oeste da Capital), onde serão interrogados e, depois,encaminhados para a Cadeia Pública local, onde permanecerão à disposição da Justiça.

A Operação Comboio recebeu esse nome em razão de que os veículos utilizados pelos principais integrantes possuíam equipamento de rádio comunicação, que, geralmente, é utilizado por motoristas que se comunicam entre si em caso de algum acidente.

Mas, nesse caso, o equipamento era utilizado pela quadrilha quando do transporte de entorpecentes, de forma que possibilitava aos “batedores” avisar quando da existência de barreira policial nas estradas.