O Governo do Estado entregou, na segunda-feira (18), nove novas ambulâncias ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para renovação em 100% da frota que, hoje, atende os 11 municípios da Baixada Cuiabana.

De acordo com o diretor-geral do Samu, Daud Abdallah, a nova frota deverá entrar em funcionamento até a próxima terça-feira (25).

“Elas chegaram na sexta-feira à noite e, agora, estão em processo de emplacamento. A gente vai providenciar a instalação da antena do rádio, que é o meio de comunicação que a ambulância do Samu tem com a sua base central e estamos otimistas de até terça-feira elas já estejam atendendo a sociedade”, afirmou.

Ao MidiaNews, Abdallah explicou que a renovação da frota será feita de forma gradual.

Ele explicou que as demais 19 ambulâncias que se encontram à disposição do órgão – adquiridas nos anos de 2007 e 2007 – deverão passar por avaliações para saber quais poderão ser mantidas como carros de reserva e quais serão doadas aos municípios.

“Vamos fazer uma avaliação das ambulâncias que estão em melhores condições para serem mantidas, qual o custo-benefício de cada uma, para saber se compensa ou não mantê-las rodando. Aquelas que compensarem passarão por reforma e nós vamos ficar com um quantitativo bom de ambulância para dar suporte ao atendimento”, disse.

Dificuldades

Segundo o diretor, atualmente, há cinco carros parados para conserto em oficinas mecânicas.

Além disso, ele explicou que, apesar de ser uma aquisição significativa, a nova frota não resolve o problema de atendimento do Samu.

“No nosso projeto final, para manter a cobertura de 100% e ampliando a frota dentro de Cuiabá e Várzea Grande, seriam necessárias mais nove ambulâncias, somando 18 no total. Assim, atenderíamos todas as regiões e melhoraríamos o tempo resposta de cada chamada”, afirmou.

A falta de pessoal também é um obstáculo apontado pelo diretor. Abdallah explicou que, hoje, o Samu conta com 250 servidores, mas o ideal é que tivessem mais – principalmente com a chegada de novas ambulâncias, no futuro.

“Não adianta ter novas ambulâncias, se não tivermos equipes suficientes. Hoje, temos nove equipes. O ideal e necessário era que tivéssemos uma equipe de 15 pessoas para cada ambulância”, disse.

O secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues, também elencou outras dificuldades enfrentadas pelo Governo para manter o sistema em pleno funcionamento.

Rodrigues salientou que a dificuldade maior se encontra no fato do serviço ter sido estadualizado, o que custa aos cofres públicos R$ 1,5 milhão para manutenção do órgão.

“A dificuldade maior está na expansão do Samu por todo o Mato Grosso. Isso é uma missão muito complicada. O Samu da Baixada Cuiabana tem um custo considerável que é absorvido pelo Estado e que deverá ser discutido com todos os municípios. E o nosso maior desafio, agora, é discutir a expansão do serviço para todo o Estado, por meio de sedes nas cidades-pólos. É uma meta do Ministério da Saúde a implantação da rede de urgência e emergência para todo o Estado e o Samu está dentro desse projeto”, afirmou.

O serviço

Criado em 2003, como parte da Política Nacional de Atenção a Urgências, o Samu tem como objetivo reduzir o número de óbitos, o tempo de internação em hospitais e as sequelas decorrentes da falta de socorro.

O serviço funciona 24 horas por dia, com equipes de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas, que atendem as ocorrências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.