Nesta ter�a-feira (24), comemora-se o Dia do Aposentado. Apesar de existir uma data espec�fica para o trabalhador que j� deixou a ativa, n�o h� muito o que comemorar entre aposentados e pensionistas porque os reajustes foram modestos, sobretudo para aqueles que ganham mais de um sal�rio m�nimo (R$ 622).

Outros obst�culos para os aposentados s�o os entraves e as burocracias e o n�mero insuficiente de funcion�rios e m�dicos peritos nas ag�ncias da Previd�ncia para atender quem j� parou de trabalhar, segundo o advogado Theodoro Vicente Agostinho, do escrit�rio Raeffray Brugioni Advogados.

Desde o ano 2000, a pol�tica de aumento da aposentadoria privilegia quem ganha o piso previdenci�rio, que corresponde ao sal�rio m�nimo (R$ 622).

 
A meta � reduzir a desigualdade econ�mica e social e oferecer melhor distribui��o de renda para popula��o, mas quase todo ano, quem ganha mais que o m�nimo sofre com reajustes iguais � infla��o, o que prejudica o poder de compra dessa fatia da sociedade.

Com isso, o ganho real entre quem ganha mais que um sal�rio m�nimo e os aposentados que ganham o piso (R$ 622) j� acumula uma diferen�a de 91% entre 2000 e 2012.

 
Em outras palavras, quem ganha o sal�rio m�nimo vem ganhando poder de compra ao longo dos anos, enquanto quem ganha mais que o sal�rio b�sico � prejudicado porque tem reajustes no mesmo n�vel da infla��o.

A Previd�ncia paga, todo m�s, R$ 21 bilh�es a aproximadamente 29 milh�es de aposentados e pensionistas. S� em S�o Paulo s�o 6,5 milh�es de benefici�rios, que recebem R$ 6 bilh�es dos cofres p�blicos.