O mutirão realizado pela Direção dos Correios já entregou mais de 72.825 mil cartas encomendas em Mato Grosso. As postagens fazem parte dos mais de 90 mil objetos, entre cartas e encomendas, que estão paralisados por conta da greve dos Correios, que completou 9 dias nesta quarta-feira (25).

O diretor regional dos Correios em Mato Grosso, Nilton Nascimento, informou que o mutirão é realizado principalmente em Cuiabá ,Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. “A força tarefa faz parte do Plano de Continuidade de Negócios da empresa e mobilizou a participação de 131 trabalhadores na ação”, explicou.

Nilton garantiu que as encomendas urgentes, como o Sedex, Telegrama e Malote, estão com a distribuição domiciliária em dia. “Esses objetos são entregues pelo Centro Especial de Encomenda (CEC), que fica em Várzea. Esse centro é o responsável pelas encomendas urgentes”, enfatizou.

Ele acrescentou que o mutirão de entrega de cartas continuará até que a situação seja normalizada, com o fim da greve. “Esses trabalhadores, inclusive, quando voltarem da greve, terão que compensar os dias em que ficaram parados”, ressaltou.

De acordo com a direção, 1.670 trabalhadores atuam nos Correios de Mato Grosso. Dessa quantia, a direção afirma que apenas cerca de 140 trabalhadores aderiram à greve, o que representa 91,20%. O percentual é apurado por meio de sistema eletrônico de presença.

Reivindicações da categoria

Os trabalhadores dos Correios reivindicam reajuste salarial de 7.30% e ganho real de 15%. “Além disso, exigimos um incremento de 200 reais no salário dos trabalhadores e reposição salarial de 20%”.

Segundo o presidente do Sintett, outra reivindicação importante é a “luta contra a terceirização do plano de saúde”.

“A direção dos Correios quer terceirizar o plano de saúde. Com a terceirização, os trabalhadores terão que pagar integralmente pelo plano”, disse.

Outra pauta, conforme Leite, é a troca de turno dos carteiros. “Queremos a reversão do horário, que os trabalhadores passem a entregar as postagens no período matutino e não mais no vespertino. Isso porque, de manhã, o clima é mais ameno”, explicou.

Os trabalhadores também reivindicam mais segurança nas agências dos Correios. “Só neste ano, 50 agências foram assaltadas no Estado”, informou o presidente do Sintett.

Já os Correios oferecem reajuste de 8% nos salários (reposição da inflação do período, de 6,27%, com ganho real de mais de 1,7%) e de 6,27% nos benefícios; vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro e Vale-Cultura dentro das regras de adesão ao Programa implementado pelo Governo Federal.