Os produtores de Mato Grosso recolheram 24% das embalagens de agrotóxicos vazias usadas na agricultura brasileira. O estado tem a maior representatividade no cenário com destinação correta de 6,9 mil toneladas de materiais verificados entre janeiro e setembro deste ano. No país, foram recolhidos 28,6 mil toneladas de frascos neste mesmo período. Os dados são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) e mostram ainda que só em setembro Mato Grosso recolheu 468 toneladas do produto.

Em comparação com o ano anterior foi registrada uma queda de 5%, ante ao recolhimento de 494 toneladas de embalagens vazias em setembro de 2011. No acumulado dos nove primeiros meses do ano passado a redução é de 1,7%, considerando que foram retiradas 7 mil toneladas de produtos do campo. Mesmo assim, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) Carlos Fávaro, enfatiza que os produtores estão fazendo a parte deles, que é recolher todo o material do campo.

Fávaro afirma que mais de 90% da embalagens utilizadas no campo são recolhidas pelos produtores. A prova deste cenário é a evolução no recolhimento das embalagens nos últimos três anos. Segundo o Inpev, em 2009 eram retiradas 4,9 mil toneladas de produtos para reciclagem, pontuando com um crescimento de 40% em relação ao recolhimento visto neste ano, de 6,9 mil toneladas.

Reciclagem
Os produtores têm um ano, desde a compra dos defensivos, para devolver os recipientes. Em Mato Grosso, há 22 postos de recolhimento e 17 unidades centrais. As embalagens que chegam à unidade da cidade de Tangará da Serra, por exemplo, são selecionadas e aquelas contaminadas ficam em um barracão. Depois, são encaminhadas para a incineração em São Paulo. Aquelas que podem ser recicladas passam por uma segunda seleção. As tampas são separadas por cores e os papelões e latas também são reaproveitados.