O Movmento dos Sem-terra (MST)  iniciou os atos políticos, dentro do que se convencionou chamar de "Abril Vermelho", com protestos na Capital e no Interior de Mato Grosso, desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16).

A principal rodovia que liga o Nortão a Cuiabá, a BR-163, está bloqueada. A interrupção é em Sorriso (a 420 km da Capital), a cerca de 5 km da cidade, no sentido Sinop (proximidades de um centro de pesquisas).

Integrantes do MST impedem a passagem de carretas, caminhões, ônibus e veículos - o que tem gerado transtornos e prejuízos para muitas pessoas e empresas.

Ambulâncias, viaturas policiais e carros-fortes (transporte de valores) têm a passagem liberada na rodovia.

Foram colocados pneus e árvores para interditar a passagem de veículos. Os manifestantes estão com facões e foices.

Os organizadores informaram que pretendem liberar o tráfego no final da tarde. Havia expectativa que fosse liberado por duas horas - horário do almoço -, como feito em protestos anteriores.

Cerca de 600 pessoas se concentram na rodovia. A delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Sorriso informou que uma equipe está no local para saber se eles vão desbloquear a via no final da manhã", para desafogar o tráfego.

Nos protestos feitos anteriormente, a BR-163 era liberada por aproximadamente duas horas e o bloqueio era retomado no início da tarde.

Os sem-terra querem, do Incra, por escrito, compromisso que o órgão atenderá às reivindicações do movimento.

O coordenador estadual do MST, Edilson Almeida, explicou que é cobrada documentação relativas aos lotes dos assentamentos Santa Rosa, de Sorriso; Dois de Outubro e Kenon, de Cláudia; Renascer e Olga Pablo Menusa, de União do Sul (130 de km Sinop), além do financiamento de créditos.

Este é o segundo bloqueio da BR-163 no Nortão, em menos de 20 dias.

Integrantes da Pastoral da Terra bloquearam a a pista, entre Itaúba e Nova Santa Helena, no Nortão, cobrando do Incra que três fazendas na região sejam desapropriadas e assentadas famílias de sem terra.

O instituto prometeu agilidade na análise das reivindicações e o protesto foi encerrado.

Em Cuiabá, o MST está "acampado" na Praça Cívica "Ulysses Guimarães", na Avenida do CPA.