NOTÍCIA | IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Médicos e OSS são acusados de fraudar cirurgias em MT

Médicos e OSS são acusados de fraudar cirurgias em MT

Por: Midia News // DA REDAÇÃO
Publicado em 22 de Novembro de 2013 , 09h03 - Atualizado 22 de Novembro de 2013 as 09h03


Médicos e a direção da Associação Congregação de Santa Catarina, entidade que gerencia o Hospital Regional de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), foram acionados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso por ato de improbidade administrativa.

 

O grupo é acusado de desrespeitar normas do Sistema Único de Saúde (SUS), mediante direcionamento irregular de pacientes de Cuiabá e Várzea Grande, para a realização de cirurgias em Cáceres, com o objetivo de aumentar a produtividade e auferir lucros.

 

Somente neste ano, a entidade já recebeu da Secretaria de Estado de Saúde mais de R$ 37,5 milhões.

 

De acordo com o Ministério Público, pacientes que deveriam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos em outras localidades do Estado recebiam alta indevidamente e eram encaminhados para, por conta própria, se apresentarem no Hospital Regional de Cáceres, onde as cirurgias eram realizadas.

 

Sem respeitar os procedimentos de regulação do SUS, os profissionais de Saúde envolvidos acabavam recebendo a remuneração correspondente ao atendimento em outras cidades, e, ainda, davam ensejo para o recebimento de outros valores, a título de produtividade em Cáceres.

 

Na ação, o MPE requer, liminarmente, o afastamento do quadro funcional do hospital dos dois médicos que estariam à frente do esquema: Walter Tapias Tetilla e Domingos Sávio Pedroso de Barros.

 

Também foram acionados os médicos Túlio Marcos Casado da Silva e Orlando Galetti Júnior, proprietários das empresas SCOT – Serviço Cacerense de Ortopedia e Traumatologia Ltda. e Med Cáceres – Serviço de Cirurgia Geral Ltda.; o administrador Idelvan Ferreira Macedo, representante legal da Associação Congregação de Santa Catarina; e o diretor-geral do Hospital Regional de Cáceres, Antonio Fontes.

 

Consta, na ação, que o trabalho de investigação foi realizado por Promotorias de Justiça de Cáceres e Várzea Grande, com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), com base em informações prestados pelos próprios funcionários do Hospital Regional.

 

Pacientes lesionados

Segundo o MPE, dados obtidos durante a investigação demonstram que, entre novembro de 2011 a março de 2012, foram realizadas em Cáceres 479 cirurgias ortopédicas.

 

Foi constatado, também, um aumento do número de pacientes com reclamações de lesões ocasionadas pela pressa na realização dos procedimentos cirúrgicos e liberação dos pacientes para abertura de mais vagas.

 

Em relação à participação da entidade responsável pelo gerenciamento do hospital, a Promotoria de Justiça explicou que as irregularidades chegaram ao conhecimento da direção da entidade, mas nenhuma providência foi adotada

 

“Pelas graves declarações prestadas por todos os pacientes e testemunhas ouvidas, por certo acreditava-se que os demandados iriam, no mínimo, rever os termos dos contratos firmados com as empresas e profissionais citados”, afirmou, em nota, o Ministério Público.

 

Outro lado

Os médicos citados na denúncia do MPE, assim como a da OSS Associação Congregação de Santa Catarina, não foram localizados pela reportagem

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