NOTÍCIA | PREVENÇÃO

Mato Grosso pode ter vacina contra dengue em 2014

Mato Grosso pode ter vacina contra dengue em 2014

Por: A GAZETA // LISÂNIA GHISI
Publicado em 28 de Dezembro de 2013 , 10h04 - Atualizado 28 de Dezembro de 2013 as 10h04


Mato Grosso está lista dos estados brasileiros que irão integrar estudo nacional para indicar as áreas e os públicos prioritários a serem imunizados contra a dengue por meio de vacina. O levantamento será iniciado nos primeiros meses de 2014 e 63 cidades brasileiras, localizadas nas cinco regiões, integrarão o primeiro inquérito soroepidemiológico.

 

Informações do Ministério da Saúde revelam que o Estado foi selecionado por ser um dos locais que conta com índice de infestação elevado. Conforme último balanço apresentado pelo órgão federal, Cuiabá, por exemplo, estava entre as 3 capitais brasileiras em situação de risco para a doença. Os dados eram referentes ao Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) e detalhavam que mais de 4% dos imóveis pesquisados apresentavam larvas do mosquito.

 

Atualmente, a vacina brasileira contra a dengue está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan. As doses já começaram a ser testadas em humanos e a expectativa dos estudos científicos é de que a imunização seja administrada em uma única vez, como também combata os quatro sorotipos da doença (1, 2, 3 e 4) já identificados no mundo.

 

A técnica utiliza o chamado vírus atenuado, isto é, o próprio vírus da dengue modificado, de maneira que produz anticorpos na população, mas não desenvolve a doença. Desde 2006, profissionais do Butantan realizam os testes e demais trabalhos. Em todo o mundo estão sendo testadas 7 vacinas.

 

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também está pesquisando uma nova vacina contra a dengue no Brasil. Na unidade, os estudos são realizados desde 2009, em parceria com o laboratório privado GSK. A previsão é que a vacina seja concluída no prazo de 5 anos.

 

Estudo

O estudo para indicação dos grupos prioritários a serem imunizados será dividido em 3 fases, sendo a primeira denominada inquérito soroepidemiológico. O objetivo desta etapa é determinar o grau de imunidade da população à infecção pelo vírus da dengue. Serão coletadas cerca de mil amostras de sangue por cidade, na faixa etária de 1 a 20 anos.

 

As amostras das outras faixas etárias serão obtidas na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). As fases seguintes serão a de morbi-mortalidade e outra de imunidade celular.

 

Os trabalhos serão desenvolvidos por um grupo de técnicos do Ministério da Saúde, Anvisa e especialistas de universidades, como a Escola Paulista de Medicina e a Federal de São Paulo (UNIFESP).

 

Estes profissionais serão responsáveis por elaborar um plano para subsidiar o órgão federal de Saúde na definição das áreas e grupos etários para receber a vacina.

 

No que se diz respeito ao trabalho de morbi-mortalidade, este consiste na revisão dos artigos e informações científicas sobre dengue no Brasil publicadas em periódicos nacionais e internacionais. A meta é coletar informações epidemiológicas para caracterizar a ocorrência, o perfil da transmissão de dengue no país, reunindo informações adicionais sobre grupos etários vulneráveis, taxas de letalidade e sorotipos circulantes.

 

Já a pesquisa de imunidade celular será realizada em pessoas infectadas pelos sorotipos DENV 1, 2, 3 e 4. O objetivo é avaliar a resposta imunológica desses pacientes e o desenvolvimento dos casos graves da
doença. Os trabalhos subsidiarão a elaboração de modelos matemáticos que servirão como ferramenta para apoiar o Ministério da Saúde na definição do público que receberá a vacina contra a dengue.

 

Todo o estudo deve estar concluído em dois anos.

 

Dados

Conforme dados recentes divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES/MT), por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Mato Grosso registrou 45.171 casos de dengue entre o período de 1º de janeiro a 19 de dezembro deste ano.

 

Ao todo, 37 ocorrências de óbito foram contabilizadas, sendo 34 confirmados. Dentre os locais que registraram morte pela doença estão: Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Carlinda, Cuiabá, Itiquira, Jaciara, Juara, Primavera do Leste, Pontal do Araguaia, Pontes e Lacerda, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso, Vera, Sapezal, Lucas do Rio Verde, Várzea Grande e Novo São Joaquim.

 

Já entre os municípios que mais contabilizaram casos da doença, Sinop ocupa o topo da lista, totalizando 8.588 ocorrências. Na sequência está Cuiabá (3.629), Rondonópolis (3.258) e Várzea Grande (796). Em todo o Estado, 107 situações graves de dengue também foram contabilizadas. Durante o mesmo período do ano passado, 42.166 notificações foram
verificadas em Mato Grosso.

 

Moradora de Várzea Grande, Danielle Pereira Leite conta que chegou a ficar por 7 dias acamada devido as fortes sintomas da dengue. Ela teve a doença em meados de 2013 e conta que a novidade anunciada pelo Ministério da Saúde, sobre existir a elaboração de estudos para elaboração dos grupos prioritários a serem imunizados, é mais um benefício para a
sociedade.

 

“Vejo como mais um recurso para a população, porém é preciso destacar a necessidade de todos colaborarem para que a não proliferação do mosquito”, comenta.

 

Orientações

Conforme o Ministério da Saúde, a partir dos primeiros sintomas da dengue (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação é que o serviço de saúde mais próximo seja procurado.

 

Além disso, é necessário evitar automedicação. Já em relação à prevenção, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. (Com Assessoria) 

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JUARA MATO GROSSO



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