Lindemberg retorna ao Fórum de Santo André
Lindemberg retorna ao Fórum de Santo André
Lindemberg Alves, acusado de assassinar Eloá Pimentel em 2008, chegou ao Fórum de Santo André, na Grande São Paulo, para o terceiro dia de julgamento. Os trabalhos começam na manhã de hoje.
O momento mais esperado é o depoimento do próprio réu, que nunca se pronunciou sobre o ocorrido. A morte de Eloá ocorreu em Santo André, após ser sequestrada por Lindemberg e ser mantida refém por 100 horas.
Antes do depoimento de Lindemberg, a fala será concedida ao tenente Paulo Squiavo, responsável pela explosão da porta do apartamento onde ocorreu o sequestro.
Outros depoimentos
Ontem, os repórteres Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos, da Band, depuseram. Eles ficaram 30 horas em confinamento para servir como cidadãos no julgamento. A defesa do réu dispensou o depoimento da mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel, que estava entre as testemunhas a depor nesta manhã. O irmão mais velho de Eloá, Ronickson Pimentel dos Santos, foi o único parente da jovem a depor e disse queLindemberg "é um monstro".
Entre as testemunhas de defesa, o advogado Marcos Assumpção Cabello foi a primeira a depor. Seu depoimento foi curto, cerca de 25 minutos. Cabello foi o primeiro a ser contratado pela família de Lindemberg para acompanhar as negociações com a Polícia Militar durante o sequestro de Eloá, em outubro de 2008, que acabou culminando na morte da jovem.
Acusação
Lindemberg responderá por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo por arma de fogo. Ao todo 19 testemunhas devem ser ouvidas, sendo cinco da acusação e 14 de defesa.
A pena mínima defendida pela promotora Daniela Hashimoto é de 50 anos. Mas como já está preso há 3 anos, Lindemberg ficará na cadeia no máximo mais 27, já que o limite de tempo na prisão no Brasil é de 30 anos. O julgamento só deve terminar na quarta-feira.A advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Saad, tenta convencer o júri de que a invasão policial provocou a tragédia. A versão é contestada pela promotora. “A polícia tinha autorização para entrar a qualquer momento. Ele entrou com a intenção de matá-la”.