Justiça manda delegado e investigadora de volta à prisão
Justiça manda delegado e investigadora de volta à prisão
O delegado João Bosco de Barros e a esposa dele, a policial civil Glaucia Alt, foram presos nesta sexta-feira (22) a pedido do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), coordenado pelo Ministério Público Estadual. Ambos são acusados de coagir testemunhas.
O delegado já havia sido preso, anteriormente, durante a Operação Abadom, sob a acusação de associação ao tráfico e corrupção passiva. A ação foi desencadeada no dia 27 de junho deste ano.
A ordem de prisão, hoje, foi assinada pela juíza Selma Rosane de Arruda.
O delegado e a agente foram levados para a Corregedoria da Polícia Civil e estão detidos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar (Cfap), na Estrada da Guia (MT-010).
O advogado Paulo Taques, que havia conseguido a prisão domiciliar do casal, disse que não está mais no caso porque o filho do delegado João Bosco trabalha no seu escritório de advocacia e, por uma questão de ética, preferiu deixar o caso.
A ação
A Operação Abadom foi deflagrada no dia 27 de junho, com a prisão de 15 suspeitos.
Na época, a delegada que presidiu as investigações, Alana Cardoso, disse que o delegado João Bosco de Barros e a mulher dele, a investigadora Gláucia Cristina Alt, asseguraram a proteção e impediram investigação de uma quadrilha acusada de tráfico de drogas.
Segundo ela, ambos ainda asseguraram proteção e, também, dificultaram a investigação por parte da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, além de recebere, vantagem indevida.
Na época, João Bosco estava lotado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Prisão domiciliar
No início do mês, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso rejeitou o habeas corpus interposto pela defesa do delegado João Bosco Barros e de sua esposa, que pediam a soltura e a anulação de novo mandado de prisão. Foi imposta a prisão domiciliar.
Na ocasião, o delegado estava preso em regime fechado, mas Gláucia já estava solta por força de liminar.
A Câmara também aceitou o habeas corpus interposto pelos policiais Cláudio Roberto da Costa, George Fontoura Filgueiras, Leonel Constantino de Arruda e Marcio Severo Arrial e determinou a expedição do alvará de soltura.
Todos são apontados pela Polícia Civil por envolvimento com o tráfico de drogas.
Para todos os réus, a Câmara manteve as medidas cautelares de afastá-los do exercício da função pública, proibir que mantenham contato com qualquer testemunha arrolada no processo e ainda de se ausentarem de Cuiabá sem autorização judicial.