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Inadimplência pode prejudicar crescimento da economia em 2016

Por: Agência Brasil
Publicado em 15 de Julho de 2015 , 10h14 - Atualizado 15 de Julho de 2015 as 10h14


O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, informou hoje (14) que os altos índices de inadimplência podem atrapalhar a retomada do crescimento da economia em 2016. “Uma única variável sempre tem efeitos sobre as demais.

 

Com a inadimplência não é diferente”, explicou. A CNDL e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apresentaram hoje os indicadores de inadimplência do consumidor. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o número de devedores cresceu 4,6% em relação ao primeiro semestre de 2014. Os dados do balanço indicam que esse é o pior resultado semestral dos últimos três anos.

 

No primeiro semestre do ano passado, a inadimplência chegou a 3,53%. Em 2013, alcançou 2,83%. O volume de dívidas em atraso também aumentou nesses períodos. No primeiro semestre de 2013, cresceu 2,12%. No mesmo período de 2014, o volume subiu para 4,07%. Em 2015, nova alta de 6,65%. No balanço semestral, a CNDL destacou o avanço das dívidas de até 90 dias (alta de 19,30%) e entre 91 e 180 dias (alta de 24,74%).

 

A quantidade de dívidas cresceu mais nos setores de água e luz (11,83%) e de bancos (11,26%) O setor de comunicações apresentou queda de 3,58% no primeiro semestre deste ano. Saiba Mais Inadimplência de consumidores cresce 4,52% em junho Especialistas recomendam cautela com ampliação de limite do crédito consignado Economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti avaliou como importante a aceleração das dívidas em atraso. “É um número ruim, mas enseja ajustes da população.

 

Algumas mudanças de atitudes podem melhorar o cenário”, explicou. Segundo ela, como as famílias têm dificuldade para pagamento das contas básicas e das dívidas financeiras, acabam optando por uma. Para o SPC Brasil, em junho deste ano 56,5 milhões de consumidores constavam de cadastros de devedores inadimplentes.

 

Na comparação com 2014, a quantidade de consumidores com contas a pagar em junho aumentou 4,52%. Na comparação anual, analisando os dados por faixa etária, a CNDL registrou queda de 8,75% entre endividados de 18 a 24 anos. Na comparação a junho de 2014, os devedores da faixa etária de 50 a 64 anos aumentaram 7,67% em junho deste ano. No mesmo período comparado, os aumentos alcançaram 8,31% na faixa de 65 a 84 anos e 9,07% para devedores entre 85 e 94 anos.

 

Para Marcela Kawauti, os jovens têm mostrado um recuo no endividamento em relação aos mais idosos. "Isso tem a ver com a forma de comportamento das gerações. Como os jovens estão demorando para ter responsabilidades de adultos, eles acabam adiando planos ligados a financiamentos.”

 

De acordo com o presidente da CNDL, é preocupante o aumento de 30% para 35% do limite do desconto do crédito consignado em folha de pagamento. Segundo ele, o aumento pode contribuir com as vendas, mas deve agravar a inadimplência na população de faixas etárias maiores “Diante do cenário de inflação e inadimplência, [o aumento da taxa de desconto] nos faz crer que não é algo que contribuirá para a economia.

 

A venda precisa ser saudável e o consignado é uma experiência questionável. São essa pessoa [de maior idade] que têm comprometido rendimentos com consignados”, afirmou Honório Pinheiro. Os dados de venda do varejo divulgados hoje pelo IBGE também não são animadores para a CNDL. "Eles mostram uma tendência de queda do volume de vendas no varejo restrito e ainda mais no ampliado”, acrescentou Honório.

 

“Não temos esperança de que as vendas do segundo semestre sejam melhores que as do segundo semestre de 2014. A esperança seria o ano terminar logo. Certamente estaríamos melhor posicionados”. 

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