NOTÍCIA | TERRA INDÍGENA

Governo vai ao STF para evitar despejo de fazendeiros

Governo vai ao STF para evitar despejo de fazendeiros

Por: Midia News // DA REDAÇÃO//HELSON FRANÇA
Publicado em 27 de Novembro de 2012 , 09h12 - Atualizado 27 de Novembro de 2012 as 09h12


O governador Silval Barbosa (PMDB), juntamente da bancada federal de Mato Grosso e uma comissão externa da Câmara Federal, liderada pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR), vai se encontrar, na próxima quarta-feira (28), com o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A expectativa de convencê-lo a alterar a decisão proferida pelo ministro Ayres Britto, que determinou o despejo de fazendeiros da região de Suiá-Missu, no Nordeste de Cuiabá, na região do Vale do Araguaia.

 

“No passado, foi o Estado quem titulou a região, então, é competente em ingressar com a ação para a manutenção dos fazendeiros”, afirmou o governador.

 

No encontro com o ministro, a comitiva mato-grossense apresentará uma séria de documentos para tentar sensibilizá-lo a dar uma decisão favorável aos fazendeiros.

 

Localizada nos municípios de Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia, a área possui 165 mil hectares e se situa na Terra Indígena de Marãiwatséde, considerada propriedade dos xavantes.

 

Em outubro, ministro Carlos Ayres Britto (que se aposentou recentemente), derrubou a liminar que suspendia o processo de desintrusão da Terra Indígena, interposta pela Aprossum (Associação dos Produtores Rurais da Suiá Missú).

 

Desde então, os fazendeiros – que têm até o dia 6 de dezembro para deixar a área -, bem como seus representantes, têm se articulado para se manter na região.

 

Um dos principais argumentos é de que residem na região cerca de sete mil não índios, contra aproximadamente 1,5 mil indígenas.

 

A sugestão do governador Silval Barbosa é de transferir os xavantes para uma nova área, de 250 mil hectares, localizada no Parque Estadual do Araguaia.

 

Disputa antiga

A disputa pelas terras de Marãiwatséde é antiga. Na década de 60, os indígenas foram retirados da área por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e remanejados para a Reserva de Pimentel Barbosa, num local insalubre, entre os municípios de Canarana e Ribeirão Cascalheira.

 

A saída dos indígenas foi uma estratégia para estimular a produção agrícola no Estado. As terras foram adquiridas por uma empresa italiana, que, anos mais tarde, foi revendida e transformada num loteamento.

 

Atualmente, existem cerca de 600 propriedades rurais na área e 300 mil cabeças de gado.

 

Em 1993, a reserva foi Marãiwatséde foi demarcada e, desde então, os embates jurídicos entre indígenas e posseiros têm aumentado.

 

Duas sentenças, a primeira proferida pela Justiça Federal em 2007 e a segunda pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 2010, já previam a ocupação do local exclusivamente por índios da etnia Xavante.

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JUARA MATO GROSSO



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