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Fiéis lembram vítimas da Kiss, choram e rezam missa em silêncio na JMJ

Fiéis lembram vítimas da Kiss, choram e rezam missa em silêncio na JMJ

Por: Terra
Publicado em 24 de Julho de 2013 , 10h44 - Atualizado 24 de Julho de 2013 as 10h44


Alinhado com o estilo despojado e jovial do papa Francisco, o evento religioso que abriu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 no Brasil falou aos jovens de forma descomplicada e atual. Antes das orações e das palavras do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, DJs animaram as centenas de milhares de fiéis na orla da Copacabana com rock gospel e hip-hop, deixando a liturgia em segundo plano. Os jovens, intercalando momentos de euforia com silêncio profundo e meditação, lembraram as vítimas da Boate Kiss, em Santa Maria, e choraram sob uma fina garoa.

 

“É mais do que eu esperava, é uma emoção incrível. Viemos da Argentina, o Papa é argentino, isso nos dá um orgulho tremendo. Queremos seguir as palavras de Francisco e ter um caminho de humildade. Ao nos encontrarmos com jovens de todo mundo, vemos que somos iguais”, afirmou o argentino Ivan Matheu, 25 anos.

 

Quando a Oração do Terço começou a ser rezada, em cinco idiomas diferentes, os jovens sentaram-se nas areias de Copacabana e abraçaram-se. O silêncio foi tamanho que era possível ouvir o barulho das ondas ao fundo, mesmo com a presença de mais de 400 mil pessoas. O respeito e a devoção eram cobrados se alguém falava em voz alta e interrompia os momentos de meditação alheios.

 

“É que a gente não consegue nem explicar essa experiência única. Não tenho palavras para expressar esse sentimento, com tanta gente. Se a fé é muito grande, é capaz de abalar”, relatou Luana dos Santos Dores, 17 anos, que veio do Tocantins para a Jornada Mundial da Juventude.

 

Um dos momentos mais emocionantes da missa foi quando Tempesta fez uma menção especial às vítimas da tragédia de Santa Maria (RS) e aos 20 anos da chacina da Candelária, no Rio. “Celebro na intenção dos jovens mortos neste dia na região central desta cidade, perto da Candelária, numa triste chacina. (...) Celebro na intenção dos jovens de Santa Maria, pedindo pela segurança para todos em nosso País”.

 

Para Alex Francisco da Silva, 20 anos, natural de Juiz de Fora (MG), a Igreja acertou em cheio no discurso: “Merecemos segurança. O jovem gosta de lazer, de fazer festa e tudo mais, só que com segurança. Como disse o Papa, o jovem é o futuro, por isso é importante lembrar as vítimas”.

 

Rádio para tradução e aperto na saída


Enquanto os brasileiros ouviam trechos do Evangelho e as falas do arcebispo do Rio de Janeiro em silêncio e de cabeça baixa, os estrangeiros recorriam a rádios que faziam tradução simultânea para acompanhar o que estava sendo dito, já que o sinal 3G não funcionava na área onde ocorria a missa e não havia meios de acompanhar pelo telefone celular.

 

Nas mãos, livros de liturgia em diversos idiomas e terços eram instrumentos inseparáveis dos peregrinos. Compenetrados, eles erguiam os braços apenas durante as músicas - tocadas nos intervalos das falas de Tempesta - e na hora em que o papa emérito Bento XVI foi citado. O “encanto” foi quebrado apenas na saída da missa devido à dificuldade de locomoção e falta de espaço adequado para deslocamento dos fiéis, que tiveram de esperar até uma hora para andar por mais de 200 metros.

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JUARA MATO GROSSO



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