O cultivo do girassol toma o espaço de grãos tradicionais da safrinha em algumas regiões de Mato Grosso. O plantio já terminou e agora os agricultores torcem por uma produtividade maior nesta safra.

 O girassol começa a despontar em Campo Novo do Parecis. A estimativa para esta safra é que 85% da produção mato-grossense se concentre na região.

 O agricultor Flávio Giacometti planta 750 hectares, área que antes era ocupada pela soja. “A vantagem do girassol é com relação ao ciclo, que é mais curto. Então a gente pode acabar a safra de soja, plantar milho ou pipoca, que têm ciclo mais longo, e o girassol como final de plantio para a segunda safra. Tem a vantagem de precisar de menos água e conseguir fechar o ciclo no início da seca”.

 Em outra propriedade, foram reservados 650 hectares para o cultivo do girassol. A área é 50% maior do que a utilizada o ano passado. As condições climáticas animaram o produtor Renato Birki, que já conta com aumento da produtividade. A expectativa é que sejam colhidas 30 sacas por hectare. “É mais uma cultura que veio para ficar e a gente tem que investir para produzir mais”.

A produção colhida na fazenda é vendida para uma esmagadora instalada no próprio município. “A dificuldade era a logística do girassol, então a gente montou uma empresa, um grupo de produtores. O óleo é extraído aqui e o farelo é vendido na região, então a logística melhorou bastante e aumentou o preço do girassol para o produtor”, afirma Birki.

 Mato Grosso responde hoje por 65% da produção nacional de girassol.