Na avaliação do governador Silval Barbosa (PMDB), o bloqueio dos bens dos ex-secretários Vilceu Marcheti (Infraestrutura) e Geraldo De Vitto (Administração), por envolvimento no Escândalo dos Maquinários, são os primeiros frutos da investigação determinada pelo próprio Governo do Estado.

Isso aí foi uma coisa que o próprio Blairo Maggi (então governador) levantou na época e mandou que se tomassem todas as providências, e determinou à auditoria que fizesse um levantamento, lembrou Silval.

O relatório ficou pronto depois que eu assumi.

 Determinei que o Ministério Público a Delegacia Fazendária fizessem todas as investigações.

 Então, não tem nada escondido, isso é público e está nas mãos da Justiça, e agora começaram a sair os resultados, apontou o governador.

As declarações foram dadas durante entrevista coletiva, na noite desta terça-feira (3), no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, após assinatura de convênio com a Infraero para a última etapa das obras de ampliação do terminal.

Determinei que a Delegacia Fazendária fizesse todas as investigações.

 O bloqueio dos bens de Marchetti e De Vitto, no valor de R$ 24 milhões, foi determinado pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, em sessão na tarde desta terça-feira.    

A decisão também atingiu as empresas que venderam caminhões para o programa MT 100% Equipado.

Eles são acusados de envolvimento direto no superfaturamento em R$ 44 milhões na compra de máquinas pesadas e caminhões para prefeituras em Mato Grosso.

Caso Cachoeira

A respeito dos grampos que apontam o interesse do bicheiro Carlinhos Cachoeira em ter Silval Barbosa e o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB) como clientes, em um negócio de venda de e-mails rastreados ), o governador voltou a classificar os diálogos como conversa de boteco.

Isso é um absurdo.

 Tentaram me envolver nesses rolos todos.

 Eu já disse, nunca tive contato com esse Cachoeira, nem por telefone, muito menos pessoalmente.

 Nunca tive ligação com esse pessoal que está envolvido com ele, afirmou.

Silval relembrou as outras ocasiões em que veio a público, por meio das investigações da Polícia Federal, o interesse de Cachoeira em investir em Mato Grosso, e voltou a dizer que nunca teve conhecimento das intenções do bicheiro.

Citaram que eles falaram que estavam participando de uma concorrência da antiga Agecopa que não existiu.

Falaram que estavam participando de uma concorrência de uma loteria que não existiu.

 É conversa de boteco entre dois bêbados, dois malucos, falando de um terceiro que não tem conhecimento nenhum, declarou.