Os planos de saúde Amil, Green Line e Unimed são os que mais receberam reclamações de 1º de janeiro a 17 de julho de 2012 no País, segundo levantamento feito pelo Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado.

A Amil totalizou 457 queixas, enquanto a Green Line e Unimed tiveram 294 e 166, respectivamente. Somados a pedidos de orientação e esclarecimentos de dúvidas, os registros dos dez planos listados totalizam 6.120 atendimentos ao consumidor feitos pelo Procon.

Logo atrás dos líderes em queixas estão Intermedica (125), Sul América Saúde (109), Itálica Saúde (55), Universal Saúde (48), Centro Trasmontano de São Paulo (42) e Golden Cross (42).

Os dois últimos colocados no ranking de dez planos reclamados, Bradesco (35) e Sametrade Operadora de Saúde (31), somam menos de 15% da líder da lista, Amil.

O Procon diz que o ranking foi baseado em queixas que precisaram de sua mediação para serem resolvidas. Para o diretor executivo da fundação, Paulo Arthur Góes, o custo para o consumidor é alto para o retorno muitas vezes dificultado.

– O consumidor paga por muitos anos o seu plano e quando mais precisa dele enfrenta obstáculos impostos pelas empresas para dificultar a prestação do serviço, esperando vencer pelo cansaço.

Consumidores que reclamaram ao Procon-SP enfrentaram problemas como demora ou impossibilidade em autorizar e marcar consultas e exames, incluindo também negativa de cobertura ou reembolso e alterações na rede credenciada sem aviso, além de eventuais reajustes de faixa etária – que desrespeita o estatuto do idoso.

Plano de metas

Os grupos Amil e Green Line foram convocados para apresentar um plano de metas ao Procon-SP, com o objetivo de reduzir o número de queixas do consumidor e aumentar a solução dos casos já registrados pelo órgão.

A Green Line, que teve 851 reclamações em 2011, comprometeu-se a reduzir em 15% e solucionar 75% dos casos, contra os 70% que consegue resolver atualmente. A proposta da Amil, que teve 816 queixas no ano anterior, é baixar o número em 5% e alcançar solução de 78% dos casos registrados pelos consumidores, contra os atuais 76% casos resolvidos.