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Alvo de inquérito, Temer nega acusações e diz que fica no governo

Presidente nega ter solicitado a Joesley Batista pagamentos a Eduardo Cunha

Por: Mariana Londres, do R7, em Brasília
Publicado em 19 de Maio de 2017 , 06h50 - Atualizado 19 de Maio de 2017 as 06h50


Alvo de inquérito pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Michel Temer disse em pronunciamento nesta quinta-feira (18) que não irá renunciar ao cargo, apesar de forte pressão de oposicionistas ao longo do dia e de desembarque de aliados da base.

Ao falar à nação, o presidente disse que não irá renunciar e citou os avanços econômicos obtidos durante a sua gestão.

— Meu governo viveu essa semana seu melhor e o seu pior momento. Ontem contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada. Não podemos jogar no lixo da história e o avanço do País. Repito e ressalto, em nenhum momento autorizei e não comprei o silêncio de niguém, pela razão que não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público, nem de foro especial. Não tenho nada tenho a esconder e sempre honrei meu nome.

O presidente concluiu que irá se defender no STF e que provará a sua inocência.

— Não renunciarei. Sei da correção dos meus atos e exijo investigação plena. Meu único compromisso é com o Brasil e é só este compromisso me guiará.

Poucos dias depois de completar um ano de governo, Temer foi surpreendido pelo vazamento de áudios gravados pelo delator Joesley Batista, dono da JBS, que registrou Temer dando aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em pronunciamento à nação, Temer manteve a versão dada ontem à noite em nota do Palácio do Planalto, confirmando o encontro com Joesley, mas dizendo que jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Disse ainda que não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.

O presidente passou esta quinta-feira reunido com os seus principais aliados discutindo o teor do pronunciamento que daria à nação. Houve especulação sobre a renúncia. Temer pediu para ter acesso aos áudios entregues por Batista em sua delação, que foi homologada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato nesta quinta. Apesar de não ter tido acesso aos áudios, Temer optou por manter o seu pronunciamento e afastar a hipótese da renúncia.

"Não vou cair", diz Temer a grupo de parlamentares

No início do dia, o presidente tentou manter a sua agenda, mas a situação foi se agravando e todos os compromissos que estavam agendados desde ontem foram cancelados. Perto das 14h, o ministro O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), homologou a delação da JBS e abriu um inquérito contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Temer assumiu o governo após o afastamento e posterior impeachment da presidente Dilma Rousseff. Por ter pouco tempo de governo em um país em recessão, Temer apostou em reformas estruturantes como a reforma trabalhista e da Previdência, ainda em tramitação. A possibilidade da saída de Temer em um momento de leve recuperação econômica abalou os mercados, com queda da bolsa e alta do dólar.

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