NOTÍCIA | Assassinato

Acusados mudam versão e dizem que não há mandante

Acusados mudam versão e dizem que não há mandante

Por: Midia News//Katiana Pereira
Publicado em 01 de Agosto de 2012 , 00h00 - Atualizado 01 de Agosto de 2012 as 00h00


Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre, réus confessos do assassinato da estudante Maiana Mariano Vilela, 16, mudaram a versão apresentada inicialmente e disseram que o assassinato da adolescente não teve mandante. 


 
O crime ocorreu no fim de 2012 e o corpo da garota foi encontrado numa cova rasa, numa chácara do Coxipó do Ouro, na zona rural de Cuiabá.

 

Eles disseram que mataram a menor porque ela os teria ameaçado, supostamente na tentativa de forçá-los a assaltar a empresa de pré-moldados do empresário Rogério Amorim, 38, ex-namorado da estudante.

 

A nova versão foi apresentada em audiência de pronúncia e instrução, na noite de terça-feira (31), na 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher, no Fórum Criminal de Cuiabá.

 

A dupla disse que Maiana estava arquitetando um plano para roubar cerca de R$ 20 mil do empresário, além de uma caminhonete. Eles também disseram que um terceiro homem, suposto amante de Maiana, também iria participar do assalto.

 

Paulo Ferreira disse que plano de roubo era de Maiana e o dinheiro seria dividido igualmente entre Paulo e Carlos Alexandre. A adolescente ficaria com a caminhonete, que já teria destino certo.

 

Ele disse que Maiana morreu porque teria havido discussão entre os dois e ele teria ficado com medo de ser prejudicado.

 

No total, foram ouvidas 16 pessoas, entre testemunhas arroladas para a defesa e acusação. O julgamento foi presidido pela juíza Tatiane Colombo.

 

Versão inicial

Na primeira versão apresentada por Paulo Ferreira e Carlos Alexandre, no dia 25 de maio passado, eles disseram que mataram Maiana a mando de Rogério Amorim, que teria alegado que estava sendo chantageado pela menor e pela família dela.

 

Paulo teria cometido o crime “pela amizade” que tinha com Rogério, que também teria pago R$ 5 mil para a dupla assassinar a menor.

 

Eles disseram que mataram Maiana asfixiada, no dia 21 de dezembro, em uma chácara, na região do Coxipó do Ouro (a 25 km do Centro da Capital).

 


Depois, teriam levado o corpo da menor, no banco traseiro do veículo Uno, que era de Paulo Ferreira, até a empresa de Rogério, que queria se certificar que a menor estava morta.

 

Estratégia de defesa
A promotora Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, representante no Ministério Público Estadual (MPE) na audiência, considerou que a mudança de versão é uma estratégia da defesa de Rogério Amorim e de sua esposa, Calisângela Moraes, feita pelo advogado Waldir Caldas.

 

“É uma estratégia da defesa. É muito fácil culpar a vítima, que está morta e não pode mais se defender”, disse, em entrevista à TV Centro América (Globo/4).

 

A promotora relatou que testemunhas disseram que um advogado (não identificado) foi até a cadeia e ofereceu dinheiro para que inocentassem Rogério. Além da verba, a família do preso receberia um salário mensal.

 

A promotora afirmou que o MPE vai atuar no caso para que os acusados sejam condenados a pena máxima, pelo crime que ela considerou como “bárbaro”.

 

“O homem sempre foi lobo do homem, desde o mundo é mundo, o homem é mal e o homem mata. Se não podemos evitar esses instintos, temos que atuar nesses casos bárbaros, para que a Justiça seja feita. Vamos pedir a condenação máxima aos envolvidos”, disse.

 

Transferência e revogação de prisão

O defensor público José Carlos Evangelista requereu que o acusado Carlos Alexandre seja transferido para outro complexo prisional, pois o ele alegou se sentir ameaçado.

 

O advogado Waldir Caldas pediu revogação da prisão preventiva de Calisângela.

 

A promotora Lindinalva Rodrigues disse que, no primeiro requerimento, acata o pedido, mas sugeriu que o acusado Carlos Alexandre cumpra pena no Presídio do Carumbé. Já quanto ao segundo requerimento, a promotora atestou que tem que analisar os autos para dar a decisão.

 

Caso Maiana

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Investigações mostram que a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.

 

Segundo a Polícia, Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor.

 

Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.

 

Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória.

 

Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

 

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre.

 

A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

 

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá.

 

O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha.

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JUARA MATO GROSSO



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