Em Mato Grosso, nos últimos cinco anos, entre 2008 e 2012, pelos menos 1.200 trabalhadores foram regatados em propriedades rurais onde estariam sendo submetidas ao trabalho escravo, conforme dados do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho(STRE).

O estado ocupa o indesejável posto de vice-campeão na modalidade de crime que pode resultar em pena de prisão de dois a oito anos(de acordo com o artigo 149, do Código Penal). A posição é classificada conforme o número de trabalhadores resgatados.

Além desse título, Mato Grosso “contribuí” consideravelmente para a composição da “lista suja”, o cadastro do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que relaciona os patrões que praticam o crime. Daqui saíram 61 propriedades rurais, empresas e seus respectivos proprietários para essa “lista”.

Esse número representa 15% do total do país, que atualmente mantém 410 propriedades no cadastro, conforme a última atualização trimestral, de 28 de dezembro de 2012.

A consulta ao cadastro é pública, assim como outros dados das ações de combate, por meio do portal oficial(WWW.mte.gov.br). Portanto, qualquer cidadão pode se informar, saber quem explora trabalhadores como escravo mesmo depois de mais de um século da lei Áurea(1888), que abolição aboliu a escravidão de negros no Brasil.

O caminho é simples, basta entrar no site citado acima, clicar no link “Inspeção do Trabalho” e logo depois no item “Combate ao Trabalho Escravo”.