TRF1 anula sentença de Arcanjo e libera patrimônio avaliado em cerca de R$ 1 bi
O ex-bicheiro João Arcanjo, que, por muito tempo, chefiou o crime organizado em Mato Grosso
Por maioria dos votos, a 2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF1) anulou a sentença de prisão e de perdimentos de bens do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro pelo crime de lavagem de dinheiro, em uma das ações penais decorrentes da Operação Arca de Noé, nesta semana. A defesa acredita que, com a anulação, sejam devolvidos patrimônios avaliados em quase R$ 1 bilhão.
Arcanjo foi condenado a uma pena de mais de 37 anos de prisão por organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Em recurso, a pena foi diminuída 11 anos e quatro meses de reclusão, além de 280 dias-multa, além de reafirmar perdimento dos bens para a União. Na época, o patrimônio incluia uma casa e um hotel em Orlando (Estados Unidos), carros e dinheiro em contas bancárias.
Segundo a defesa de Arcanjo, o advogado Paulo Fabrinny, a condenação é irregular, já que o ex-bicheiro não poderia ter sido julgado e processo em solo brasileiro. Ele morava no Uruguai quando a Justiça expediu mandado de prisão e requereu pedido de extradição em mais outras três ações penais. Os advogados apontam que, para esta ação penal, a Poder Judiciário uruguaio não aceitou a extradição.
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