Com 12 mortos e mais de 20 feridos neste ano, o trecho inicial da MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, do Trevo da Guia até o Trevo do Jardim Vitória, onde começa a duplicação da pista, já é conhecido como “Rodovia da Morte”.

No ano passado, foram registradas quatro mortes no trecho, o que dá um aumento de 200% nas ocorrências, em relação a este ano.

Para se ter uma idéia, a rodovia, que tem 65 quilômetros registrou, no ano passado, 16 vítimas fatais, em toda a sua extensão, segundo dados da Polícia Civil.

Na semana passada, um casal que estava numa motocicleta morreu após ser atropelado por uma motorista que dirigia uma caminhonete.

Ela acertou duas motos, ferindo quatro pessoas e matando duas. O casal morto morava no Jardim Florianópolis.

Amigos e familiares do casal fizeram uma manifestação pedindo mais segurança na rodovia e também Justiça – eles querem que a motorista, cujo exame de bafômetro constatou que estava embriagada, continue presa.

Em janeiro, três pessoas morreram – pai e filho que estava numa moto bateram na traseira de um caminhão parado no acostamento.

Morreram o piloto Zózimo Santos de Almeida, de 46 anos, e seu filho, o adolescente José Carlos de Almeida, de 17. Eles ocupavam uma motocicleta Honda CG 150 e retornavam para Cuiabá.

O outro acidente ocorreu próximo à casa noturna DNA da Cerveja, onde a pista é duplicada. O motociclista Edervaldo Silva Costa, de 22 anos, morreu após bater de frente com um Corsa Classic preto, que seguia em direção seguia em direção a Chapada dos Guimarães.

Em junho, um motorista morreu no trecho próximo ao Supermercado Atacadão e que já teve o chamado “gelo baiano” – blocos de concreto – separando as duas pistas.

Na ocasião, o motorista de um caminhão-pipa, Orivelton do Espírito Santo, de 36 anos, morreu após perder o controle do carro, no início da rodovia.

Um Gol foi manobrar no meio da pista e o motorista, para desviar do automóvel, perdeu o controle e saiu da pista e caiu no barranco.

Uma motocicleta que vinha atrás e um Gol com dois ocupantes também se envolveram no acidente, que deixou três feridos. A pista já estava sem os blocos de concretos.

Imprudência

Para policiais da Delegacia de Delitos de Trânsito, esse trecho deveria ter sido duplicado primeiro, uma vez que é o início da rodovia e, pelo declive, logo no início, os motoristas desenvolvem alta velocidade, nos sentidos da pista.

“A imperícia, a negligência e imprudência são as causas de acidentes que chegam a matar tanta gente, além da falta da duplicação da pista”, observou um policial.

Na lista dos motivos que levam a Polícia a registrar tantos óbitos está a falta de acostamento, em quase toda a rodovia, além dos blocos de concreto nos dois primeiros quilômetros da rodovia, o que representava um obstáculo a mais para motoristas e, principalmente, pedestres.